Caso Jadson: ao contrário de versão do Vitória, saída do meia teria sido pedido do diretor Rodrigo Pastana

Nas últimas semanas, a diretoria rubro-negra havia informado que o meia havia pedido para sair, e a rescisão foi dada como encaminhada. Dias depois, no entanto, Jadson teria desistido de deixar o clube.

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O ge tentou contato o presidente do clube, Fábio Mota, e com o diretor de futebol, Rodrigo Pastana, para comentar o assunto nesta segunda-feira, mas as ligações não foram atendidas.

A última partida de Jadson com o Vitória foi no dia 20 de abril, na derrota por 3 a 0 para o Fortaleza, pela Copa do Brasil. Após o jogo, o meia alegou dores na lombar e um problema particular para retornar a Salvador e não seguir com a delegação rubro-negra que viajou para enfrentar o Ypiranga. O ge apurou que a atitude do meia foi mal vista internamente, inclusive entre alguns jogadores.

Para algumas pessoas no Vitória, Jadson não demonstrou, no curto período no clube, ser o líder esperado. O ge também conversou com outros profissionais que garantiram que o meia teve bom comportamento e não causou problemas na Toca.

De acordo com fontes ligadas a Jadson, ele recebeu uma ligação do Vitória no dia 24 de abril, um domingo, e foi informado de que não precisaria se apresentar na segunda-feira, já que o clube estava perto de contratar um novo diretor de futebol que não pretendia contar com o meia.

Vale lembrar que, em 2020, quando estava no Coritiba, Pastana chegou a criticar publicamente Jadson, então no Corinthians. A atitude foi motivo de nota de repúdio do clube paulista.

Segundo apuração do ge, o meia está disposto a seguir no Vitória e não teria problema em trabalhar com Rodrigo Pastana.

No dia 25 de abril, o Vitória anunciou a contratação de Rodrigo Pastana, que concedeu entrevista coletiva um dia depois e garantiu não ter participado da decisão pela rescisão de contrato de Jadson. A declaração, inclusive, foi mal vista por pessoas ligadas ao jogador.

– Infelizmente não sei, não fiz parte da rescisão [de Jadson]. Quando cheguei, já foi nos colocado sobre a rescisão – garantiu, à época, o novo diretor de futebol rubro-negro.

Na quarta-feira, o Vitória, então, apresentou uma proposta de rescisão ao meia, que não concordou com os termos e não abre mão de receber o valor integral do contrato, como estipula a legislação em caso de rescisão unilateral.

O presidente Fábio Mota garantiu, porém, que o clube não vai fazer qualquer pagamento para a rescisão. O meia de 38 anos tem vínculo até outubro deste ano e receberia pouco mais de R$ 200 mil em salários.

O Vitória informou que havia uma reunião marcada para esta segunda-feira, com objetivo de definir a situação de Jadson. O jogador, que segue sem treinar, não participa do encontro e aguarda contraproposta do clube.

Jadson chegou ao Vitória no início da temporada com status de referência da equipe, mas não brilhou. Camisa 10 e capitão do time, ele fez 12 jogos, com dois gols marcados, além de dar uma assistência.