Carpini festeja goleada do Vitória e critica gramado do Adauto Moraes: "Praticamos outro esporte"

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Diferentemente da primeira rodada, o gramado ruim e a falta de entrosamento não pareceram ser um impeditivo para o Vitória, que controlou as ações e soube aproveitar as oportunidades que surgiram.

Mesmo assim, durante entrevista coletiva após a partida, Carpini criticou as condições do gramado do Adauto Moraes, em Juazeiro, de forma contundente. Vale lembrar que, antes de a bola rolar, o assunto havia gerado uma troca de farpas entre os presidentes do Vitória e do time da casa.

– Não tem como não ser uma crítica, talvez o que eu fale seja redundante, mas é inadmissível que a federação libere um palco desse para o jogo. Perde qualidade, perde o Vitória, perde o adversário, perde todo mundo. Se o campo reunisse melhores condições, fosse um estádio que permitisse a prática do futebol, sem dúvida seria um jogo muito mais jogado, e todo mundo ganharia com isso – iniciou Carpini.

"No vestiário não cabe todo mundo, os atletas ficam dentro e a gente fora. Isso não é normal. Desculpa", lamentou Carpini.

Os destaques individuais da noite foram fundamentais para o bom resultado do Vitória. Um deles foi Janderson, que marcou um gol e deu outra contribuição direta. Já o recém-chegado Bruno Xavier balançou as redes pela primeira vez e participou diretamente do segundo gol do Leão.

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Tudo isso sem falar de Osvaldo. Após se recuperar de um tromboembolismo pulmonar diagnosticado em setembro de 2024, o camisa 11 reestreou nesta quarta e ainda balançou as redes de pênalti. Carpini, que promoveu a entrada do atacante aos 27 minutos do segundo tempo, quando o Vitória já vencia por 3 a 0, vibrou com o retorno do atleta.

– Muito importante. Ele é uma referência técnica dentro do nosso ambiente. Cara que tem um histórico, carreira vitoriosa e uma representatividade no Vitória, e tem um drama pessoal, o que pesa muito mais. O que ele superou como ser humano, afastado por longo período dos gramados. E ter ele de volta, a felicidade dele é a nossa, a conquista dele é a nossa, isso é o nosso ambiente, é o que é o Vitória já há um tempo – disse Carpini.

– A gente fica muito feliz com o retorno dele, com a estreia do Gabriel, do Hugo, feliz com a afirmação do Zé Marcos, a estreia do Fabrício também, surpreendeu positivamente até a questão física. Não vou falar muito dos remanescentes porque a gente já sabe o que esperar, e por isso estão conosco – complementou.

Com três pontos na bagagem e a liderança do Baiano, o Vitória volta a Salvador para receber o Jacuipense em jogo marcado para as 16h deste domingo (horário de Brasília), no Barradão, pela terceira rodada.

Escalação de Dionísio
– Ideia montar uma equipe mais consistente para competir aqui em Juazeiro. A gente busca informações do clube, precisava ser uma equipe mais ajustada, competitiva. Dionísio vem treinando bem. E também a gente vem trabalhando para oportunizar o máximo de atletas nas primeiras rodadas. Dionísio precisava dessa oportunidade. Optamos por ele para ter consistência defensiva, é um cara que conhece muito bem a competição.

Ronald e Willian Oliveira
– Vai ser de maneira natural. O resultado dá mais segurança para o que planejamos, mas a gente não trabalha em cima de resultados apenas. A gente tem um planejamento a ser seguido. Mesmo que o resultado não viesse seria oportuno em outros jogos seguir vendo, ajustando, experimentando, melhorando para entender o que temos de opções, peças, variações e como usar esses atletas. Resultado nos dá confiança, mas ficou muito bom. Segundo tempo só alguns pequenos ajustes de posicionamento, e ainda é início de temporada. E atletas têm entregado de maneira muito satisfatória dentro daquilo que a gente espera, apesar de algumas baixas que a gente possa ter que são os casos do Caio Vinícius e o Edu.

Pablo no banco
– Pensamos também no gramado, nesse adversário, jogo igual pela falta da prática do futebol. Pablo é mais técnico, de mobilidade, de enfrentamento, fez um bom jogo na nossa estreia. E hoje entendi que o Dionísio poderia dar mais sustentação e conhece muito a competição.

Sem bola parada
– Trabalhamos as duas situações, essas jogadas combinadas têm sido característica nossa desde o ano passado, da nossa retomada. Lance até do quarto gol, bola muda de lado e ultrapassagem do lateral. Bola que Mosquito puxa para dentro e Janderson faz o facão. Jogadas que a gente vem trabalhando, mas claro que também trabalhamos situações de bola parada ofensiva e defensiva. Ainda mais em um campo como esse, gramado alto, irregular e escuro.

Gramado
– Foi 100%. Feliz com a estreia do Fabrício, monitoramos esse jogador, sabíamos o que ele tinha a entregar, cartão de visita foi muito bom, e agora é potencializar tudo que ele tem. A escalação foi 100% em função da dificuldade de jogar aqui em Juazeiro. Vitória expressiva. Jogadores de mais força, procuramos ter dois homens para tirar a sobra da linha defensiva, já que não sai da frente do gol, a gente observou isso. A gente criou algumas situações, estar fortalecido e aumentar a estatura defensiva.

Gol sofrido
– Muito cedo para falar disso. Acertamos muito, mas estamos apenas na segunda rodada, foram oito dias de treino. Terminamos o ano muito bem com Neris e Wagner Leonardo e eles sequer jogaram. Calma. Precisamos de tempo. Jogamos com Caio Vinícius, que vem se adaptando, depois Léo Naldi, que nunca foi zagueiro na vida. Falhas fazem parte. Não é um setor que me preocupa. Tudo dentro do esperado, mas muita coisa a ser melhorada e ajustada.

Mais sobre o gramado
– A dificuldade pela capacidade do adversário, equipe forte e competitiva. Polêmica que envolveu o presidente do Vitória, do Juazeirense, não quero entrar nesse mérito. Enorme respeito por Juazeiro, povo acolhedor. Falamos apenas que o gramado não reúne condições para a prática do futebol profissional.

– Sendo bem justo, dificuldade para os dois lados. Juazeirense bem capacitado. E o torcedor veria um jogo mais jogado. Fomos prejudicados, assim como o Juazeirense, quem perde com isso é o futebol baiano.

Mais sobre Osvaldo
– Importantíssimo, tem uma representatividade muito grande no clube. A gente fica feliz por ter superado esse trauma pessoal. Ainda mais fazer o gol, pedi que ele batesse o pênalti porque ele merece isso.