Carpini diz que Vitória soube sofrer e que foi irresponsável ao utilizar Everaldo e Uvini

Carpini Vitória soube sofrer

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

O Vitória fez o dever de casa, bateu o Criciúma por 2 a 1, e se reabilitou após duas derrotas consecutivas no Campeonato Brasileiro. No Barradão, o Rubro-Negro contou com gols de Alerrandro e Lucas Esteves para abrir distância da zona de rebaixamento (assista abaixo aos melhores momentos).

Vitória 2 x 1 Criciúma | Melhores momentos | 15ª rodada | Série A 2024

Na entrevista coletiva após a partida, Carpini reconheceu que o time não teve brilhante exibição, mas cumpriu bem o objetivo para voltar a vencer. O treinador ainda disse que "foi irresponsável" ao mandar a campo no segundo tempo Everaldo e Bruno Uvini, que vinham de período em recuperação de lesão.

– A rodada boa é a rodada em que a gente pontua, independente dos adversários. Aquela rodada em que a gente olha para nós mesmos, para o nosso trabalho, sem focar nos concorrentes, as coisas tendem a dar certo. Fizemos o que precisávamos ser feito hoje. Não foi a nossa melhor partida, mas soubemos sofrer e fizemos o que era possível em meio às limitações de parte física e elenco enxuto.

– Fui até um pouco irresponsável hoje com a volta do Bruno Uvini e Everaldo e assumo a responsabilidade. Queria tentar um fato novo. O Everaldo precisa de minutagem, considero como um reforço da janela. Nos ajudou no comportamento sem bola, apesar de não conseguir progredir, o que é normal. Hoje foi o primeiro treino com bola em campo aberto deles, em ritmo acelerado. Então, eu prefiro enxergar os pontos positivos e parabenizar o comprometimento do grupo. Apesar de não ter sido uma das nossas melhores atuações, soubemos sofrer e correr riscos. A Série A é isso.

Thiago Carpini avalia atuação do Vitória — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

Com o resultado, o Vitória chegou a 15 pontos, subiu para a 15ª posição e abriu três do Corinthians, equipe que abre a zona de rebaixamento.

"Peço paciência ao torcedor, mas se você jogar o tempo todo para frente e nessa trocação contra Botafogo, Palmeiras, Flamengo e Fluminense você volta pra Série C. Temos que saber das nossas limitações, equilibrar para não perder e se manter na elite. Nem tudo o que eu faço é o que eu acredito, mas é o necessário".

Carpini também elogiou Alerrandro, responsável por um gol e uma assistência na partida desta noite e principal destaque do time.

– O Alerrandro é um cara que eu sempre pedi paciência e tentei dar confiança. Procuro dar atenção especial a ele com trabalhos de finalização para retomar a confiança. Eu sempre busco tirar essa ansiedade dele por não fazer gol. Atacante sem gol se cobra demais. O que credencia ele a ter crédito com a gente e com o torcedor é a função dele coletivamente, o que ele entrega e o compromisso no dia a dia. Os gols não são só para nós, é para ele também.

O Vitória já vai voltar a campo, novamente como mandante, nesta quinta-feira, quando recebe o Botafogo, no Barradão. A partida, válida pela 16ª rodada da Série A, está programada para as 21h30 (de Brasília).

Veja outros trechos da entrevista de Carpini:

Evolução do time
Não fizemos nossa melhor apresentação, mas pontuamos. Vejo uma evolução coletiva, levando em conta aspectos de recuperação. É um time mais maduro, cascudo, e que evolui na competição. A equipe reconhece suas limitações e redobra a atenção em alguns detalhes. Não queria mudar tanto e mexer as peças de posição, mas é o que temos que fazer, estamos nos adaptando. Está sendo um desafio enorme, vamos evoluindo com o tempo. Eu acredito nisso. Olhando do Cuiabá para cá, vemos que tem uma constância, uma evolução em diversos aspectos. Em trabalho de longo prazo temos que ter constância, não dá para ganhar esporadicamente, por uma bola ou por acaso.

Matheusinho pela direita
– Em relação ao Matheusinho, ele vem fazendo essa função há algum tempo. Na verdade, eu não tiro a liberdade dele flutuar. Ele jogando de costas, apesar de conseguir se virar e sustentar o jogo pela sua capacidade técnica, aceita muito a marcação e se torna igual ao defensor. Quando ele flutua de fora para dentro, ele é diferente. Se adaptou muito bem a isso, vem nos ajudando, fazendo gols e dando assistência. O compromisso tático que vem em evolução eu não abro mão, o comportamento sem bola sou eu que defino. Não foi nosso melhor jogo, mas estamos em evolução. Precisamos descansar agora. Se eu fosse levar em consideração as ponderações do Departamento Médico não teria 11 para colocar em campo. Então está ótimo.

Janderson como "9"
– Destacar também o Janderson, que voltou de problema físico, e eu pretendo usar como um “nove”, não como um beirada. Mas entrou muito bem contra o Corinthians. Pretendo ter dois caras dentro da área que tenham capacidade de gol e boa estatura. Eu usei ele hoje naquela posição mais pela necessidade.

Busca por reforços
– Em relação aos reforços, temos trabalhado com o departamento de mercado. A gente divide essa responsabilidade com eles. Cobramos eles para que tragam bons nomes. Acho que a mudança quando esses atletas chegarem, e os meninos do Itabuna também, será gradativa. Não terão mudanças drásticas. Quem for chegando vai ocupando seu espaço de acordo com meus critérios.

Reencontro contra o Botafogo
– Será uma outra energia, um outro momento. Eu tinha só três ou quatro dias de clube [na 3ª fase da Copa do Brasil], conhecendo e me adaptando ao Vitória. Já entramos perdendo a partida. Acredito que seja um outro campeonato, onde a responsabilidade é do Botafogo, que tem um orçamento maior e briga por Libertadores. Mas vejo um Vitória muito mais preparado, com ideias assimiladas após a troca de comando. Eu vejo que temos tudo para fazer um jogo melhor, além de ter um dia a mais de descanso. O fato negativo é que não temos todos os atletas que gostaríamos à disposição, mas vamos nos ajustando. Isso não é justificativa, vamos trabalhar para procurar soluções e não potencializar problemas.

Novidades contra o Botafogo
– Acredito que ainda não temos a possibilidade de ter alguém [que está em recuperação de lesão] de volta contra o Botafogo. Iury Castilho e Osvaldo vão seguir fora. Camutanga a gente já não conta mais para essa temporada. Precisamos recuperar esses caras. Já fizemos encontros e debates. Às vezes a conversa fica até quente, porque precisamos acelerar o processo, mas também ter calma. Não podemos agir na emoção. Só porque a janela abre no dia 10 não podemos apresentar qualquer atleta. Pontuar a cada rodada nos dá mais segurança e tranquilidade para fazer essas escolhas. Além disso, é mais fácil convencer algum atleta, porque quando tinha um ponto, dois pontos, o Vitória não vai ser a primeira opção de todos os atletas.

Novos reforços
– Temos duas ou três situações em que encaminhamos a proposta através da diretoria. Claro que participo da escolha, mas a parte burocrática é deles. Mas eu tenho cobrado para que isso tenha um desfecho o mais rápido possível. Jogador aparece todos os dias, mas não posso trazer qualquer um. Preciso de atletas que ajudem e tenham o mesmo nível dos que estão aqui para poder rodar. Não podemos fazer as coisas por fazer. A janela abre agora, mas não fecha. Claro que já queria ter uns quatro nomes aqui agora, mas ainda não temos.

Atuação de Willean Lepo como zagueiro
– O que a gente conseguiu fazer de um treino andando, intensidade nenhuma. Pela velocidade, intensidade dele, quando roubava bola, o Raul sustentava mais. Em poucos momentos funcionou. Levo muito em consideração a questão física. Cumpriu bem a função. E só agradecer. Difícil um campeonato o cara improvisar de zagueiro e fazer bem feito. Nós estamos em um campeonato de alto nível. Resposta positiva, e isso me deixa confiante. Temos criado alternativas dentro do elenco. A gente vai tentando ser criativo dentro das oportunidades que nós temos. E ir buscando os objetivos até a virada do turno. Precisamos pontuação mínima. Internamente trato isso, mas não vou expor para não ser cobrado.

O que melhorar
– Precisamos de algumas alternativas quando precisamos mudar. O Zé Hugo tem entrado bem, hoje a entrada de Everaldo. Mas peças de características diferentes para ter o fato novo. Não podemos ter erros grandes. Na Série B, se a gente perder quatro bolas ali [onde o Vitória perdeu no gol do Criciúma], talvez nenhuma vai acontecer o gol. Na Série A acontece. Temos que minimizar o erro. A gente ter atenção nos detalhes. Muitas das vezes é mérito do adversário. Isso faz parte. Precisamos ajustar. E precisamos ter todas as opções, encaixes e peças. Tomamos três gols do Corinthians, mas não foi de volume ofensivo deles. Não teve uma coisa muito gritante. Mesmo com dificuldade, nos tornamos equipe mais equilibrada.

Entrada de Zé Hugo no lugar de Willian Oliveira
– Se eu não tiro o Willian, talvez o perderia para sequência. Fisicamente está no limite. O combinado era jogar 45 minutos. O Matheusinho já tem feito essa função, adaptado ao tripé. Perdemos em competitividade e estatura, mas ganhamos em outras coisas. O Zé entrou bem, mas acaba desconfigurando um pouco, principalmente quando a gente não tem a bola. E isso não é culpa do atleta. Não é de uma hora para outra que muda o comportamento. O Zé dá o desafogo com intensidade. Era o que dava para fazer. Pensei em estrear o Pablo, mas preciso me basear no dia a dia. Algumas coisas ele precisa evoluir para ter as oportunidades. Precisamos cumprir comportamentos. Precisa me dar segurança no dia a dia. Na partida de hoje, não era o momento para esse risco.

Mudanças
– Fizemos o que era possível. Não conseguimos fazer trocas e atacar profundidade por questão física. É correr menos riscos. Tivemos um erro no campo ofensivo que custou gol. Se a gente se expôe, talvez a gente tenha tomado gol de empate. O momento é de minimizar riscos.

Ricardo Ryller pode jogar contra o Botafogo?
– Ele tem a possibilidade de estar no grupo. Provavelmente vai estar, assim como os três jovens do Itabuna. O Vitória tem que olhar para dentro de campo. Estamos precisando, com atletas cansados. Todos eles têm chance de participar do jogo do meio de semana.

Time reativo

– Em alguns momentos a gente é reativo. Em outros, não. Contra o Corinthians, tivemos 70% de posse em alguns momentos. A gente está jogando contra adversários de alto nível. Em alguns momentos temos que ser mais precavidos. Temos que nos adaptar a circunstâncias do jogo. Não consigo o Vitória uma equipe reativa, mas equilibrada. Tem funcionado.

Entrada de Everaldo
– Everaldo tem muita capacidade técnica. Ele representa segurança, experiência, por mais que não fosse o momento ainda. Ele poderia achar um passe de gol, finalização. Ajudou, foi comprometido. A gente tem certeza que ele vai evoluir. Tento a cada jogo criar uma situação.

Procurado pelo Vasco?
– Os meus últimos anos em números foram muito bons. Ano passado, graças a Deus, me possibilitou desafios e mudança de prateleira. Chegar no nível de Série A é difícil. O campeonato com Água Santa, o acesso com o Juventude e chegada ao São Paulo. Nos últimos anos, é natural as sondagens, oportunidades. É natural que aconteça no Vitória. Temos muitas movimentações no mercado, alguns clubes sem treinador. É natural que a gente seja lembrado. Tenho uma ideia de sempre começar e terminar o que eu estou fazendo. Em algum momento pode ser interrompido. Agora, no Vitória, estou muito feliz aqui. O clube tem me oportunizado viver coisas bacanas, aprender muito. A ideia é terminar o que a gente começa. Em algum momento possa ser que não aconteça por parte do clube ou alguma oportunidade muito diferente na minha carreira. E não vejo que esse seja o momento. Tenho um contrato e pretendo cumpri-lo. Estou feliz no Vitória. Acredito na continuidade.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2024/07/07/carpini-diz-que-vitoria-soube-sofrer-e-diz-que-foi-irresponsavel-com-entradas-de-everaldo-e-uvini.ghtml


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