Carpini diz que apoio no embarque foi crucial para fim do jejum e celebra mais opções no Vitória

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Em campo, o técnico Thiago Carpini, além de promover o retorno de Matheusinho, fez mudanças na equipe titular, abrindo mão do sistema com três volantes e dando a primeira chance como titular a Gustavo Mosquito. Na entrevista coletiva, o treinador explicou as mexidas e destacou que tem mais opções no elenco.

– Sempre deixei claro que dentro do elenco precisávamos ter alternativas que me dessem variações táticas, de plataformas de jogo, do que a gente acreditava. E por diversas vezes falei que eu estava fazendo aquilo que eu não acreditava, mas que era necessário e para aquele momento foi bom, surtiu efeito. A gente precisava de recuperação, competir mais, aparar arestas dentro do que a gente tinha dentro do elenco. Muito se falou de jogar 4-3-3, 4-2-3-1, mais meias, com mais atacantes, mas quais eram as opções? A gente não poderia dar muita responsabilidade ao Fau, Luís Miguel, ao próprio Zé Hugo, que nos ajudou em muitos momentos, Everaldo sofreu com lesão, Osvaldo idade mais elevada. Jogar dessa maneira com quais alternativas?

– Hoje nós temos o Carlos Eduardo em condições. [A saída do] Osvaldo foi opção minha. Ele sentiu desconforto no tornozelo, entorse, no início da semana, treinou na véspera, conseguiu suportar em alguns momentos e pôde estar com nós aqui. Muito importante a presença dele aqui. A gente começa a ter algumas variações no elenco, consegue fazer as mexidas, surtem efeito, sustentar o jogo, equilibrar, controlar. Em alguns momentos pode ser que a gente volte com o tripé, três volantes, três meias e um volante, enfim. O importante é que tenho o Everaldo em condições de jogo, Carlos, Mosquito que fez grande partida. Zé também. Janderson é muito criticado, mas hoje, mais uma vez entrou muito bem. A gente tem que recuperar os atletas, e temos opções para planejar algo diferente, jogo mais ofensivo, principalmente nos jogos em casa – completa.

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Carpini também exaltou a torcida do Vitória, que lotou o aeroporto de Salvador no embarque do time para Goiânia.

– E a festa do nosso torcedor particularmente nunca vi. Já falei internamente no vestiário. Barradão pulsa, é diferente, torcida muito participativa. Eles não podem nos abandonar. Por mais que tenhamos derrotas, dificuldades, erros e acertos. Aquela quantidade de torcedores no aeroporto, aquele apoio, sem dúvida foi fundamental. Agora, é aumentar a nossa responsabilidade, nós mesmos, com nosso torcedor, com nossa instituição. Temos que agradecer ao torcedor por todo o carinho, no momento mais difícil do grupo. O torcedor do Vitória é o diferencial no momento de dificuldade.

Mais aliviado após encerrar o jejum, o Vitória segue na luta contra o rebaixamento e tem mais um rival direto no radar. No próximo sábado, o Leão encara o Juventude, em compromisso marcado para o Barradão, às 16h (horário de Brasília).

Matheusinho e jogadores decisivos
– Matheusinho treinou a semana toda fazendo a função onde enxergo ele nesse momento. Não uma função de ponta, de fora para dentro, comportamentos que a gente obrigava sem a bola. Ele se mostrou recuperado e querendo ajudar. Tem identificação. A gente ressalta a participação, gol, o jogo que fez. O que correu o Carlos Eduardo… Mosquito, como foi um cara decisivo naquela bola final, que pecávamos em alguns momentos. Foi muito lúcido na tomada de decisão para o gol de Alerrandro. No segundo gol, não só ressaltar o gol do Matheus, mas a competitividade do Everaldo, fazendo dobra com o Esteves. Comprometido com os processos, conseguiu roubar a bola. Precisamos valorizar essas situações que são tão importantes quanto assistência ou gol.

Qualidade técnica melhor com dois volantes e Matheusinho
– Acho que sim, mas por que não usou antes? Quem seriam os extremos? Time joga mais, fica mais ofensivo, mas quando cobre a cabeça descobre os pés. Hoje temos peças e possibilidades para variar a cada jogo, a cada adversário. Juventude é um novo cenário, forma diferente para entender e ver a melhor estratégia para ser assertivo sábado.

Time com três volantes e saída do Vitória
– Nunca defendi, foi alternativa. Era o que tínhamos de melhor para o momento, ser mais conservador, sustentar mais. Nós assumimos com um ponto em sete jogos. Hoje, nesse recorte, temos dez pontos em sete rodadas no returno. Vale a pergunta, reflexão. A gente tem que ser realista e entender o tamanho do nosso problema e reconhecer as limitações. Houve melhora. A gente segue trabalhando e evoluindo. Não disse que seria algo diferente do que essa campanha de recuperação. Para algumas pessoas mais emocionadas, a gente ganhou, mas não vamos brigar por Libertadores. Vamos brigar por permanência. Temos parcelas de erros e acertos, mas a gente sabe das convicções, do trabalho que temos, compromisso dos atletas, respaldo da diretoria. Tem muita coisa para remar, vai ser muito difícil, jogo de sábado uma guerra. Nunca aconteceu reunião no jogo do Vasco. Nnca foi mencionado reunião de saída ou troca de comando. Para os "faladeiros" de plantão, segura mais a informação que não foi dessa vez que foi derramado sangue. As pessoas gostam disso. Vamos seguir trabalhando, se não puder ajudar, não atrapalha.

Leitura para mudanças
– Everaldo mudou um pouco a característica. Ele sustenta mais o jogo, jogo apoiado. Ideia era tirar o time de trás e não ficar batendo e voltando. Alerrandro mancando, desentendimento com arbitragem… Janderson ataca mais os espaços. Mérito dos atletas que entraram comprometidos e ajudaram. Enaltecer meu grupo e o quanto estão comprometidos. Ryller, Willian Oliveira entraram bem. Raul fez boa partida. Não tomar gol foi bom para o aspecto emocional. Não é fácil jogar contra o Atlético-GO, soubemos sofrer.