Carpini admite estreia ruim do Vitória contra o Juventude e cobra reação: "Precisamos corrigir a rota"

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Após a partida, o técnico Thiago Carpini avaliou que a estratégia do time para a partida não funcionou. O treinador também apontou que o gol cedo no segundo tempo atrapalhou os planos.

– Realmente muito ruim. A gente não imaginava esse jogo, a semana foi muito boa. A gente vem com a imagem daquele último jogo. A postura coletiva e de comportamento foi muito boa. Na Série A precisamos corrigir a rota muito rápido, essa instabilidade não pode acontecer. Isso de fazer jogos tão bons, e depois jogos onde as coisas não funcionam. Sofremos o primeiro gol quando controlávamos a partida, em uma bola longa sem construção ofensiva do adversário. A gente sabe nossa responsabilidade e sabe o que aconteceu. Agora é seguir trabalhando, pensar na estreia da Sul-Americana.

O jogo deste sábado marcou as estreias de Erick e Léo Pereira, recém-contratados pelo clube e que entraram em campo no intervalo da partida. Ainda assim, a equipe produziu pouco.

– Isso é um ponto que temos tentado construir. Hoje a gente veio jogar na casa do adversário com Pepê, Rato e Mosquito, jogadores com essa capacidade. Claro que quando Matheusinho joga, falei em outros momentos, não temos atletas com a mesma característica dele, que consegue quebrar linhas, driblar, fazer a equipe jogar. O Rato faz isso de maneira diferente, o Pepê também. Mas isso hoje não funcionou. A gente até consegue iniciar as jogadas de maneira organizada, conseguimos controlar ações do jogo. Mas nossa tomada de decisão está falhando. Tivemos algumas bolas onde faltou capricho na bola final, ter um melhor repertório. Isso é detalhe, ajuste, ainda é início de temporada.

Carpini também explicou a escolha por Gabriel como titular do gol do Vitória.

– Hoje a escolha pelo Gabriel foi uma escolha, não foi um rodízio. Acho que ele vinha treinando bem. O Lucas fez quase toda temporada até então. O Gabriel é um goleiro que eleva o nível do Arcanjo e do Vitória. Em alguns momentos vai receber chances. Eu tenho dois goleiros desse nível e confio neles. Eles vão competir pela titularidade. A gente entende o momento de cada um, mas sigo sem a ideia de rodízio. Mas isso não quer dizer que eles não vão receber chances.

Thiago Carpini tem novo compromisso com o Vitória nesta quarta-feira, na estreia pela Copa Sul-Americana, contra o Universidad de Quito, no Barradão, às 21h30 (horário de Brasília).

Estratégia
– Acho que não funcionou muito aquilo que a gente imaginou. Não só pelo resultado. Mas não foi de todo ruim. O primeiro gol veio de uma bola longa, de uma jogada individual do adversário. O Vitória tinha o controle das ações do jogo. Então dentro do que trabalhamos isso funcionou. Mas não tivemos efetividade e volume ofensivo. Na volta do intervalo fizemos mudanças, mas o gol com cinco minutos acabou mudando todo o panorama do jogo. São erros que não podemos cometer, mas tivemos coisas boas para potencializar.

Como mudar o cenário
– Todo jogo é difícil na Série A. Não só Flamengo, Atlético-MG e Fortaleza. O Juventude aqui no Jaconi tem seus méritos. É muito cedo para falar disso, foi só a primeira rodada e jogando fora de casa. Estamos de acordo que não funcionou, que não foi um bom jogo, que as coisas não aconteceram. Mas vale ressaltar também que ano passado o início foi ruim, mas o final foi bom. São 38 rodadas, precisamos entender cada momento. Estamos muito chateados não só com o resultado, mas também com o que foi apresentado. Mas na quarta-feira temos a chance de apresentar uma resposta coletiva melhor.

O que tirar de bom
– Talvez o controle de jogo. Sou muito sincero, não vou ficar aqui contando história. Eu defendo o grupo e sigo defendendo nos erros e acertos, estamos juntos. Mas a nossa energia, o que foi apresentado hoje, não serve nem para quarta nem para domingo. Esse não é o Vitória que conseguiu um grande feito ano passado, que conseguiu uma grande arrancada em 2025. A gente hoje ficou devendo para o que nós somos. Precisamos encontrar nossa essência de um time comprometido com todos.

Reforço na defesa
– Acho que nossos últimos gols sofridos foram mais detalhes individuais que situações em que fomos envolvidos em jogadas do adversário. Então são tomadas de decisões também. Não vejo essa necessidade. A gente buscava muito um nove, já trouxemos jogadores de lado, o Pereira e o Erick. Jogadores que ainda não dá para fazer uma avaliação, só tiveram um ou dois dias de treino, ainda não entenderam o processo. Mas sem dúvidas vão ajudar. Conseguimos esse nove que tanto buscamos. A parte defensiva é um setor que não temos olhado tanto, estamos muito seguros ali. Os erros aconteceram, precisamos evoluir, mas não podemos contratar a cada erro individual.

O que melhorar
– Não funcionou nossa tomada de decisão, aquele volume ofensivo que a gente conseguiu em alguns jogos no início da temporada, de finalizações e mais efetividade. Isso ainda não funcionou. Não encontramos uma maneira de ter a produtividade ofensiva sem o Matheus. Também sofremos hoje sem o Baralhas. Temos algumas coisas para ajustar, mas em outras encontramos um caminho. Não é porque não vencemos que está tudo errado.