Ba-Vi 500: goleadas e artilheiros do confronto que poderia ser conhecido como “clássico dos gols”

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o ge estreia nesta quinta-feira uma série de 10 matérias sobre o clássico baiano que chega ao de número 500 daqui a 10 dias, no dia 1º de fevereiro. Neste sábado, a TV Bahia exibe o documentário "Ba-Vi: Alegria de um Povo" às 15h30, depois do Mosaico.

Gols em Ba-Vis:

• Bahia: 680 ⚽🔴🔵⚪
• Vitória: 589 ⚽🦁🔴⚫
• Total: 1.269
• Média: 2,5

A história dos Ba-Vis começou a ser escrita com goleada. Ou pelo menos com um “placar elástico” para quem acha que 3 a 0 não é goleada. Raúl (2x) e Gabarota precisaram de apenas 20 minutos para fazer os gols do Bahia contra o Vitória no Campo da Graça, em abril de 1932.

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Desde então, quem mais contribuiu com gols nos jogos entre Bahia e Vitória foi Carlito. O ex-atacante balançou as redes pelos dois clubes em clássicos, mas fez história mesmo com a camisa do Bahia, equipe que anotou 23 dos seus 27 gols marcados em Ba-Vis.

Artilheiros do clássico Ba-Vi:

• Carlito: 27
• Juvenal: 19
• Vareta: 18

A segunda posição da lista pertence a Juvenal, ex-jogador do Vitória que fez 19 gols contra o rival. E quem fecha o pódio é Vareta, que defendeu o Bahia e marcou 18 vezes em Ba-Vis.

Carlos Domingues Viana, mais conhecido como Carlito, fez 378 jogos em 12 temporadas com a camisa do Bahia, entre 1949 e 1961. Ele foi campeão baiano oito vezes, e, embora não tenha entrado em campo, esteve também no elenco que venceu a Taça Brasil em 1959.

Carlito é o maior artilheiro da história do Bahia, com 233 gols. Vinte e três deles foram marcados contra o Vitória. O número já seria suficiente para fazer dele o maior goleador do clássico, mas o atacante também balançou as redes quatro vezes em Ba-Vis que vestiu a camisa rubro-negra, ainda no início da carreira, em 1948.

O maior artilheiro da história dos Ba-Vis tinha como principal característica a capacidade física e o cabeceio. Um fato curioso é que nenhum dos 233 gols marcados por ele com a camisa do Bahia foi de pênalti. Carlito levou a carreira de jogador até os 32 anos e morreu em 1980, aos 52 anos.

Ele foi batizado como Juvenal Ferreira de Moraes, mas entrou para história como “O Jegue Alemão”. Apelido que ganhou pela potência de seus chutes com a perna esquerda. O atacante teve duas passagens pelo Vitória, com 150 gols marcados em 192 partidas com o uniforme vermelho e preto. Os números fazem dele o maior artilheiro do clube.

Entre as vítimas preferidas do Jegue Alemão estava o Bahia. Juvenal balançou as redes 19 vezes contra o maior rival, e alguns desses gols foram bem marcantes. Foi dele o primeiro gol de um Ba-Vi disputado na Fonte Nova, em junho de 1951. Na época, o Vitória levou a melhor e venceu por 3 a 1, com dois gols do atacante.

Assim como Carlito, Juvenal também vestiu as duas principais camisas do estado. Ele defendeu o Bahia na reta final da carreira, mas não marcou gols em clássicos com o uniforme tricolor. Quem lembra um pouco mais sobre o atacante é Marcelo Monteiro, professor e historiador.

– Juvenal foi um dos reis do campo da Graça. Veio ainda muito novo para o Vitória, com 17 anos. Atacante aguerrido e que sabia muito bem chutar em gol, não tinha medo de cara feia de zagueiro. O Ba-Vi era seu jogo preferido, e ele chegou a marcar em cinco consecutivos. Em 1945, fez três gols em um clássico que o Vitória venceu por 5 a 3 – conta Marcelo Monteiro.

O terceiro lugar da lista de artilheiros do Ba-Vi pertence a José Henrique Buzzine Filho, o Vareta. Ele defendeu o Bahia entre 1938 e 1941, tempo suficiente para disputar 107 jogos e marcar 131 gols pelo Tricolor. A média de 1,2 gol por jogo é a maior da história do clube.

Em clássicos foram 18 gols. E Vareta é dono de outra marca importante quando o assunto é bola na rede em Ba-Vi. Em 1939, ele marcou cinco vezes na goleada do Bahia por 10 a 1. Foram tantos gols que o “Diário de Notícias” até se confundiu e deixou escapar um dos tentos do atacante.

Vareta segue até hoje como o jogador com mais gols em um mesmo Ba-Vi. Palito (1940), Índio (2007) e Dinei (2013) fizeram quatro gols em um mesmo clássico e chegaram perto da marca.

Osni não está entre os maiores artilheiros do Ba-Vi, mas entrou para história do clássico por outro caminho. O “Pequeno Notável” brilhou com as duas camisas e deixou saudade em tricolores e rubro-negros. Ao todo, marcou 244 gols pelos dois principais clubes do estado e é o maior artilheiro do Estádio Octávio Mangabeira, a antiga Fonte Nova.

Os números de Osni por Bahia e Vitória:

• Gols pelo Bahia: 133 (5º maior artilheiro da história)
• Gols pelo Vitória: 111 (3º maior artilheiro da história)
• Gols na Fonte Nova: 160 (maior artilheiro do estádio)

Ele fez gols em Ba-Vis de finais de Campeonato Baiano e decidiu títulos para os dois clubes. Pelo Vitória, marcou duas vezes na final do estadual de 1972 e foi campeão. Quase dez anos depois, balançou as redes da Fonte Nova com a camisa do Bahia e ficou com o troféu em 1981.

O 10 a 1 em que Vareta marcou cinco gols é a maior goleada da história do clássico. Do lado Rubro-Negro, a maior vantagem no placar foi o 7 a 1 registrado em julho de 1948. Neste jogo, Carlito fez um hat-trick para o Vitória. Depois ele defendeu o Bahia e fez mais 23 gols em clássicos.

O Ba-Vi com mais gols data de 1938, quando o Bahia venceu por 9 a 4, em jogo válido pelo Campeonato Baiano. Outra partida com muitos gols que está na história da rivalidade é o 6 a 5 de 2007. Além das onze bolas na rede, o clássico foi o último disputado na antiga Fonte Nova.

Quando o local foi reconstruído no formato de Arena, adivinha o que aconteceu na inauguração? Goleada, é claro. O Vitória venceu o Bahia por 5 a 1 em 2013 [assista aos melhores momentos no vídeo abaixo].