Após saídas, Vitória tem apenas quatro remanescentes do título da Série B e busca novas referências

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Pouco mais de um ano após erguer a primeira taça nacional, o Vitória tem apenas Lucas Arcanjo, Camutanga, Matheusinho e Osvaldo como remanescentes daquele título. Formado na Fábrica de Talentos do clube, o goleiro é o que mais tem maior história no Leão, estando presente em rebaixamentos que levaram o time até a Série C e também em acessos até a elite do futebol brasileiro.

E por pouco esse número estaria menor. Lucas Arcanjo esteve perto de trocar o Vitória pelo Fluminense nesta janela de transferências mas, sem garantias de pagamento por parte dos cariocas, a negociação foi encerrada, e o goleiro seguiu na Toca do Leão. Aos 26 anos, ele tem contrato com o Rubro-Negro até dezembro de 2027.

Camutanga, Matheusinho e Osvaldo chegaram ao clube em 2024 e completam o quarteto de remanescentes do título da Série B. Problemas clínicos afastaram o zagueiro e o atacante do time titular, mas eles seguem como importantes referências dentro do elenco. Não à toa tiveram os contratos renovados para a atual temporada.

Dos quatro, Matheusinho foi quem mais cresceu de rendimento desde aquele título da Série B e tem um papel como referência técnica dentro de campo. Se o nível de exigência das competições que o Vitória disputa subiu, as atuações do meia acompanharam o ritmo, e ele segue como titular absoluto da equipe.

O quarteto rubro-negro era um quinteto até pouco tempo. A saída mais recente foi a de Wagner Leonardo, liberado para defender o Grêmio na maior venda da história rubro-negra. Sem o camisa quatro, o Vitória perde uma referência técnica e uma liderança, já que ele era capitão do time.

Apesar da importância do zagueiro, o Vitória já deixou claro que não tem tempo para lamentações e vê como natural este processo. Quem passou o recado foi Thiago Carpini, treinador no comando do time desde maio do ano passado e que no início do trabalho precisou lidar com algumas saídas, a exemplo das turbulentas saídas de Dudu e Rodrigo Andrade.

– Claro que o Wagner tinha a sua representatividade enquanto aqui estava. Ele fez a sua história no clube. Ele tem o nosso respeito, foi muito importante nas conquistas, foi muito importante na retomada do ano passado. Mas a partir do momento que o atleta toma outro caminho e é desligado, a gente segue o nosso planejamento da mesma maneira – disse Carpini no último sábado.

Em 2025, o Vitória renovou o elenco com a chegada de 15 jogadores e são muitos os candidatos a novos ídolos. O mais badalado deles é o atacante Wellington Rato, ex-São Paulo, que assumiu a camisa 10 do Leão e já ganhou a confiança de Thiago Carpini. Mas quem inicia a temporada em alta mesmo é Janderson (remanescente de 2024) artilheiro do time com cinco gols marcados.

Com o Vitória classificado para as semifinais do Campeonato Baiano, todos eles estão mais próximos do primeiro título pelo clube e da possibilidade de já gravarem seus nomes na história. Na Copa do Nordeste, a equipe também abre bem a competição e lidera o seu grupo. Nesta quarta, o time encara o Fortaleza, no compromisso mais complicado até aqui na competição. Oportunidade ideal, então, para todos eles mostrarem que o novo ciclo do clube caminha bem.