Análise: Vitória tem público de Série A, mas futebol de Série C mostra que só torcida não resolve

Com dez pontos em nove jogos disputados, o Vitória é 12º colocado na Série C.

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Os 15 minutos iniciais foram os melhores do Vitória na partida de domingo. Não que o time treinado por Fabiano Soares tenha entregado um deslumbrante desempenho técnico nesse período, mas o Rubro-Negro conseguiu ao menos mostrou a intensidade tão cobrada pelo treinador. Provavelmente uma resposta aos gritos que vinham da arquibancada.

Faltou, porém, repertório ofensivo. As melhores chances aconteceram quando Dinísio e Gabriel Santiago arriscaram de longe. Depois, o camisa dez recebeu bom passe de Alemão e teve oportunidade para finalizar dentro da área, mas parou no goleiro Dida.

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Com o passar do tempo e sem conseguir marcar, os erros técnicos do Vitória passaram a se sobressair à vontade dos jogadores dentro de campo. E aí as chances de gol desapareceram. Além disso, defensivamente, o time se comportava mal, dava espaços e via o Volta Redonda trabalhar a bola de forma perigosa.

Para piorar, o Volta Redonda encaixou um contra-ataque e abriu o placar aos 22 minutos. O lance teve contribuição de Sánchez, que perdeu disputa de corpo e foi 'atropelado' por Wendson.

O Vitória sentiu o golpe, como bem disse Fabiano Soares na entrevista após a partida. Do banco de reservas, Rodrigão ainda foi expulso por reclamação. Enquanto isso, quem estava dentro das quatro linhas não dava sinais de reação. O time rubro-negro chegou a sofrer um segundo gol em jogada de bola parada, mas foi 'salvo' pela arbitragem, que achou uma falta duvidosa no lance.

E se uma bola parada na defesa quase tira o Rubro-Negro da partida, uma bola parada no ataque recolocou o Leão no jogo. No pior momento do time, Eduardo cobrou escanteio, Roberto desviou, e Rafinha apareceu na segunda trave para estufar as redes.

O lance também trouxe de volta o torcedor, que voltou a cantar alto no Barradão.

Contudo, nem os gritos da apoio foram suficientes para fazer o Vitória produzir mais na segunda etapa. O time, que já não apresenta muito recurso técnico, voltou do intervalo de tanque vazio e não conseguiu levar perigo ao Volta Redonda.

Os visitantes, por sua vez, na primeira boa trama ofensiva, voltaram à frente do placar. A jogada teve participação de Wendson e Iury. Depois de tabela pelo lado direito do ataque, um cruzamento preciso parou na cabeça de Lelê, que mandou para o fundo das redes.

O Vitória teve a chance do empate imediato, mas Rafinha desperdiçou um pênalti aos 24 minutos. Mesmo responsável pelo gol rubro-negro no primeiro tempo, o atacante deixou o campo vaiado minutos depois.

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Com o time sem reação, a torcida rubro-negra recorreu a um velho conhecido e pediu a entrada de Dinei. Fabiano Soares atendeu aos gritos e mandou o veterano de 38 anos a campo. O atacante, contudo, manteve o nível das atuações na temporada e pouco participou do jogo. Foguinho e Alan Pedro, as outras apostas do treinador, também foram pouco efetivos.

Os minutos finais mostraram um Volta Redonda recuado e o Vitória com a bola, porém sem recurso para fazer o goleiro adversário trabalhar. No fim das contas, os cariocas não precisaram se esforçar muito para manter o resultado, já que, do pênalti perdido até o apito final, o Rubro-Negro não criou nenhuma chance clara.

E aí os 28.586 torcedores presentes no Barradão transformaram o apoio em vaias depois do apito final.