Análise: Vitória se reinventa para empatar com o Atlético-MG e ir confiante para sequência em casa

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A escalação titular do Vitória não teve surpresas, uma vez que a única mudança foi a entrada de Willian Oliveira no lugar do suspenso Machado. A novidade pouco fez em um primeiro tempo decepcionante do time. Mas tudo mudou na etapa final.

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No primeiro tempo, o Vitória "gabaritou" o manual de atuações ruins, com problemas na postura, marcação e criação. A equipe foi passiva e facilmente envolvida pelo Atlético-MG, que encontrou espaços, principalmente no lado esquerdo rubro-negro. Além disso, o time visitante não teve capacidade para reter a bola ou aproveitar as raras oportunidades que o adversário deu.

E tudo isso se traduziu no início e no final do primeiro tempo. Logo aos sete minutos, uma bola lançada da intermediária entre Wagner Leonardo e Esteves encontrou Vargas, que só ajeitou de peito para Fausto Vera anotar (assista abaixo). E o Galo teve oportunidades de ampliar na sequência, com o próprio Vera e também Palacios, que tiveram espaço nos chutes da entrada da área.

O Vitória até passou a ficar mais tempo com a posse de bola durante o primeiro tempo, mas daí a criar alguma coisa há um espaço enorme. Na única vez que teve um bom contra-ataque, Matheusinho segurou demais a bola até sofrer falta (Lucas Esteves acertou a trave na cobrança). Esta foi a única chance clara da equipe em todo primeiro tempo.

No fim, o Galo voltou a apertar um Vitória improdutivo, que viu mais uma bola entre os seus defensores terminar em gol. Desta vez com uma cabeçada desequilibrada de Vargas entre Wagner Leonardo e Neris.

"O ponto que determinou o primeiro tempo abaixo da minha equipe foi a falta de competitividade e o gol muito cedo. Quando toma gol com sete minutos, qualquer estratégia começa a se comprometer. E alguns aspectos que a gente não abre mão", explicou Carpini após a partida.

O Vitória veio do intervalo com a entrada de Edu no lugar de Carlos Eduardo. A troca chamou a atenção não pela saída do atacante, um dos piores em campo, mas pela entrada do zagueiro. O Rubro-Negro passou a adotar o sistema com três atletas na zaga para liberar os laterais. Mas não só o esquema tático, como a postura da equipe mudou.

Diferente do que aconteceu no primeiro tempo, o Vitória logo teve uma boa chance em cabeçada de Wagner Leonardo. Logo na sequência, a equipe levou uma bola na trave do Atlético-MG, mas foi a única chance clara dos mandates na etapa final. Uma mudança significativa em relação ao que aconteceu no primeiro tempo.

"No segundo tempo, quando a gente trocou um atacante por um zagueiro, a gente conseguiu controlar a amplitude do adversário, e ficou um jogo previsível do Atlético", disse Carpini.

O Vitória, sim, melhorou o desempenho no segundo tempo, mas nada muito significativo no começo. O momento crucial foi o gol de Wagner Leonardo, aos 19 minutos. A partir daquele momento, o Rubro-Negro ganhou confiança e viu o adversário se retrair. Não demorou para, três minutos depois, Alerrandro anotar um golaço e deixar tudo igual (assista abaixo).

A partir daí, quem deu as cartas foi o Vitória, que ainda viu Everson ser expulso na etapa final. O Rubro-Negro se mostrou mais próximo de fazer o terceiro gol e teve sua chance nos pés de Matheusinho, que falhou na finalização.

O Vitória foi para uma sequência fora de casa contra Internacional e Atlético-MG, equipes que, com time misto ou não, são indiscutivelmente melhores. E o ponto conquistado entre os dois confrontos está longe de resolver a vida da equipe rubro-negra. Mas a imagem deixada na última partida pode ter um efeito ainda maior.