Análise: Vitória flerta com perigo, mas reage a tempo de bater o Flu em resultado crucial contra o Z-4

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O Vitória aproveitou a clássica formação tática 4-3-3, com Everaldo e Gustavo Mosquito nas pontas do ataque e Matheusinho na organização das jogadas, para unir presença no campo de ataque e intensidade em busca de um placar favorável desde o início da partida.

A estratégia rubro-negra de utilizar os lados do campo e lançar bolas para a área, entretanto, não resultou em criação de muitas oportunidades. Mesmo assim, ao cinco minutos, um pênalti em Alerrandro foi marcado, mas posteriormente anulado após consulta da arbitragem ao VAR.

Desfalcado do zagueiro Wagner Leonardo, que acompanhou a partida no meio da torcida por estar suspenso, e do volante Luan, que sentiu dores na coxa, o técnico Thiago Carpini optou pelas escalações de Edu, na zaga, e Willian Oliveira no meio-campo.

Mas o sistema defensivo passou alguns sustos, principalmente por causa da postura mais agressiva, com foco no campo de ataque e com linhas mais altas. Apesar do jogo adepto à trocação do Rubro-Negro, os lances mais perigosos demoraram a acontecer e ficaram para a reta final do primeiro tempo.

Aos 40 minutos, o Vitória permitiu contra-ataque do Fluminense por seu lado direito e precisou de boa defesa de Lucas Arcanjo e de uma força da trave para não sair atrás do placar após finalização de Lima. Na jogada, o Rubro-Negro tinha sete jogadores na transição defensiva contra três do Flu, mas a linha de meio-campo chegou atrasada [assista ao lance no vídeo acima].

Após o susto, uma jogada individual de Matheusinho resultou em falta, praticamente na linha de fundo, que foi cobrada por Lucas Esteves e contou com desvio de Neris antes de estufar as redes. O gol premiou um Vitória que foi dominante no primeiro tempo inteiro [assista ao gol no vídeo abaixo].

Na segunda etapa, o Vitória repetiu a equipe titular e não conseguiu encontrar alternativas para controlar um Fluminense mais aceso em busca da igualdade. Sem consistência para marcar as descidas e jogadas de Keno, o Rubro-Negro sofreu duas finalizações perigosas em nove minutos, uma delas exigindo ótima defesa de Lucas Arcanjo.

Mas o pior aconteceu quando o técnico Thiago Carpini negro chamou as primeiras alternativas do banco de reservas para mudar o desconfortável cenário que se apresentava até então.

Sem ter posse de bola e presença no campo de ataque, o Vitória inverteu os papéis com o Fluminense em relação à primeira etapa e sofreu o empate ao 15 minutos.

Após cruzamento da esquerda e corte parcial de Everaldo, Ricardo Ryller afastou mal da área no complemento da jogada. A bola sobrou com Martinelli, que chutou forte e viu a bola bater no travessão e em Lucas Arcanjo antes de ir para a rede [assista ao gol no vídeo abaixo].

As mudanças pensadas por Carpini antes do empate foram mantidas: Machado substituiu Ryller no meio-campo, e Carlos Eduardo entrou no lugar de Everaldo no sistema ofensivo. As trocas e o gol sofrido ao menos acordaram o Vitória, que reduziu os riscos defensivos e começou a se recolocar na partida.

O time baiano também voltou a fazer marcação alta e roubou bola que resultou em fraca finalização de Alerrandro da grande área. O lance foi pouco perigoso, mas indicou um caminho das pedras para o Leão.

Mas antes de garantir a vitória, o time comandado por Carpini teve três novas mudanças, isso aos 30 minutos. Na lateral direita, Willean Lepo substituiu Cáceres. Já Léo Naldi foi a escolha para a saída de Willian Oliveira, no meio, e Zé Hugo para o lugar de Mosquito, no ataque.

Com cinco jogadores descansados, o Vitória manteve as linhas altas e a pressão ao portador da bola até os últimos minutos e foi premiado ao recuperar jogada no campo de ataque antes de Matheusinho sofrer pênalti que terminou convertido por Alerrandro, já aos 46 minutos [assista ao gol no vídeo abaixo].

O time baiano quis jogo mesmo depois do baque inicial no segundo tempo e correu atrás do prejuízo até os últimos minutos, postura importante para quem precisa ultrapassar a casa dos 40 pontos e somar mais alguns (já tem 35) para garantir permanência na elite.