Análise: Vitória corrige estratégia no intervalo e conquista resultado crucial contra o Bragantino

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Em campo, o Vitória teve um quadrado no meio-campo formado por Luan, Ryller, Matheusinho e Jean Mota, sendo que o último apareceu também dentro da área para finalizar. Na fase defensiva, o time fechava em duas linhas de quatro, com Janderson e Matheusinho à frente. E se o treinador esperava maior poder de criação, a equipe foi praticamente nula no primeiro tempo.

Com mais meio-campistas, Carpini compensou a falta de jogadores pelos lados liberando os laterais, principalmente quando Luan recuava entre os zagueiros para fazer um alinha de três. Foi assim, inclusive, a melhor chegada do Leão no primeiro tempo, após Ryller lançar Cáceres, que cruzou para finalização ruim de Jean Mota.

Na etapa inicial, o Vitória concentrou as ações pelo meio-campo e não conseguiu encontrar espaços. Com apenas Mosquito como jogador de velocidade pelos lados, as jogadas ficaram concentradas pelo lado direito, explorando os avanços de Cáceres. Ainda assim, praticamente não houve conexão nos avanços rubro-negros, que terminou o primeiro tempo com duas finalizações sem qualquer perigo.

– Com o Jean Mota, a ideia era controlar mais o jogo. Enfrentei o Bragantino quatro vezes neste ano, e eles fazem uma linha de cinco na frente de zaga. E eu sinto o Matheusinho mais sobrecarregado nessa criação, já que os jogadores de lado jogam mais na profundidade e não vêm muito para dentro para circular a bola. A ideia com o Jean, que era um dos meias de origem que temos no elenco, era fazer um quadrado atrás dessa segunda linha e sustentar mais o jogo para soltar mais o time – explicou Carpini após a partida.

"O quadrado com o Jean e o Matheusinho teve alguns problemas, os dois ocuparam o mesmo espaço em alguns momentos. Talvez uma certa ansiedade em ajudar e fazer tudo o que não fez nesse início", disse Carpini.

A atuação ruim se comprovou na volta do Vitória do intervalo, com Carpini sacando Jean Mota e Mosquito para as entradas de Everaldo e Carlos Eduardo. O time, portanto, voltava a jogar com dois pontas. O início ainda foi preocupante, com o time mandante com dificuldade em criar e Bragantino tendo ao menos duas boas chances.

Tão ruim que, aos 18 minutos, Carpini deu a cartada final com as entradas de Willian Oliveira, Machado e Zé Hugo nos lugares de Luan, Ryller e Janderson. Com isso, Carlos Eduardo passou a jogar como referência no ataque do Vitória. E funcionou, uma vez que a equipe teve maior mobilidade e jogadores com mais qualidade no passe no meio-campo.

– O Carlos Eduardo já me falou que fez essa função, então sempre que possível nos treinamentos nós testamos para criar alternativas dentro do que temos de opções para cada jogo – disse Carpini.

+ Atuações: Everaldo e Carlos Eduardo mudam jogo para o Vitória contra o Bragantino

Embora não tenha sido muito criativo, o Vitória conseguiu segurar a bola no campo de ataque e rondar a aérea do adversário. E quando não vai na técnica, tem que ser na luta. Na reta final, Zé Hugo brigou pela bola, que sobrou para Carlos Eduardo, que jogava de centroavante, encontrar uma assistência de camisa 10 para Everaldo marcar o gol do jogo.