Análise: nos números e no campo, entenda por que o ciclo de Pivetti chegou ao fim no Vitória

Análise números campo entenda

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

A passagem de Bruno Pivetti como treinador do Vitória durou menos de quatro meses. Na manhã desta quarta-feira, foi anunciado o desligamento do profissional, um dia depois do revés sofrido diante do América-MG, no Barradão.

1 de 1 Bruno Pivetti foi desligado do Vitória nesta quarta-feira — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Bruno Pivetti foi desligado do Vitória nesta quarta-feira — Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Pivetti deixa o comando do Rubro-Negro com quatro vitórias, nove empates e seis derrotas, um aproveitamento de 36,8%.

Na Série B, números um pouco melhores: quatro vitórias, quatro derrotas e seis empates, com aproveitamento de 42,9%. Pouco para quem briga por uma das vagas na elite do futebol nacional na próxima temporada.

O treinador deixa o Vitória na 10ª posição, com 18 pontos, a cinco de distância do Juventude, equipe que abre o G-4.

Para além dos números, é preciso olhar para o trabalho desenvolvido por Bruno Pivetti dentro de campo. Responsável por realizar a pré-temporada no início do ano, o trabalho do treinador era considerado tão promissor, que o presidente Paulo Carneiro decidiu demitir Geninho para efetivá-lo no cargo.

A demissão do experiente profissional se deu em razão da realidade financeira complicada imposta pela pandemia, no entanto, é muito claro que o presidente rubro-negro confiava no trabalho do novato.

A principal virtude do técnico foi qualificar a saída de bola do Vitória. Com Pivetti, a equipe abdicou dos chutões e passou a fazer uma saída limpa, trabalhando desde o goleiro Ronaldo, com Guilherme Rend se colocando entre os zagueiros para fazer a organização.

Em boa parte da Série B, o Vitória jogou em um 4-3-3, optando por três volantes com boa saída, portanto a equipe conseguia vencer a pressão do adversário e superar dois terços do campo com relativa facilidade. Além disso, com o meio compactado, o time se defendia bem, embora sofresse gols de bola aérea e falhas individuais.

O problema estava no último terço do campo. Quando chegava no setor ofensivo, o Rubro-Negro tinha muitos problemas para agredir os adversários e abrir espaços na defesa.

Quando finalmente pôde contar com Alisson Farias, recuperado de lesão, Bruno Pivetti testou sua cartada mais audaciosa: abriu mão dos três volantes e passou a jogar no 4-2-3-1, uma equipe, em tese, mais ofensiva.

Foi um tiro no próprio pé. Sem os três homens no meio-campo, o Vitória perdeu compactação, desorganizou seu sistema defensivo e ficou vulnerável aos ataques rivais. O velho dilema do cobertor curto.

Alisson Farias retornou no jogo contra o Oeste. De lá para cá, foram duas derrotas, um empate e uma vitória. Foram cinco gols marcados e cinco sofridos.

  • Vitória 3×1 Oeste
  • Vitória 0x1 CSA
  • Operário 1×1 Vitória
  • Vitória 1×2 América-MG

Que fique claro: o problema não é Alisson Farias, que tecnicamente é o melhor jogador do Vitória. O problema foi o ajuste feito para que ele entrasse na equipe.

Prova disso é que o lado esquerdo é o setor mais frágil do Vitória. Como Alisson não faz uma boa recomposição, Thiago Carleto e Wallace ficam expostos [confira no lance abaixo o gol marcado por Ademir, do América-MG].

Gol do América-MG! Ademir limpa dois, bate colocado e marca um belo gol, aos 6 min do 1T

Ou seja, dois jogadores acima dos 30 anos que não têm fôlego para correr atrás de um oponente rápido. Guilherme Rend, que dá o suporte daquele lado, ficou sobrecarregado.

Não foi à toa que Oeste, Operário e América-MG marcaram seus gols por ali. É o mapa da mina.

No lance abaixo, o gol marcado pelo Oeste.

Oeste marca primeiro gol da partida, aos 3′ do 1º T

No lance abaixo, o gol marcado pelo Operário.

Gol do Operário-PR! Sávio consegue o cruzamento perfeito para Jefinho completar de cabeça e empata o jogo, aos 46 do 2º tempo

Contra o América-MG, Thiago Carleto sofreu contra Ademir e só teve sossego quando conseguiu tirar o adversário da partida após cometer seguidas faltas.

É necessário entender o futebol como um processo. De maneira gradual, o treinador vai ajustando os setores. Com boas ideias, Bruno Pivetti conseguiu organizar a equipe para jogar em dois terços do campo, mas faltava o “algo a mais”. Quando tentou encontrar o equilíbrio perfeito, desmanchou seu trabalho.

Dezenove jogos em quatro meses não são suficientes para determinar se um trabalho é bom ou ruim. Talvez Bruno Pivetti tivesse êxito com o tempo, mas, na Série B, tempo pode custar o acesso.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/analise-nos-numeros-e-no-campo-entenda-por-que-o-ciclo-de-pivetti-chegou-ao-fim-no-vitoria.ghtml


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Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.