Adversário do Vitória, Cerro Largo é lanterna de grupo da Sul-Americana e busca feito inédito

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O clube da cidade de Melo, que faz fronteira com o Brasil pelo Rio Grande do Sul, tem só 22 anos de idade e disputou 12 partidas de cunho continental: dez na Sul-Americana e duas na Libertadores. No histórico constam cinco empates, sete derrotas e nenhuma vitória, além de dez gols marcados e 24 sofridos.

Na edição atual da Sul-Americana, o clube uruguaio passou pela fase preliminar contra o Danubio, nos pênaltis, depois de empatar por 2 a 2. Na fase de grupos, estreou com 0 a 0 contra o Defensa y Justicia e, na segunda rodada, foi derrotado pelo Universidad de Quito, por 3 a 1. A combinação desses dois últimos resultados deixou a equipe na lanterna do Grupo B, com um ponto conquistado e dois gols negativos de saldo.

O resultado mais fresco na memória dos uruguaios, no entanto, é positivo. Na última sexta-feira, pela 12ª rodada do Campeonato Uruguaio, o Cerro Largo venceu o lanterna River por 1 a 0 e acabou com sequência de quatro jogos sem vencer, entre eles três derrotas consecutivas. A equipe está na oitava posição do torneio, com 17 pontos em 12 rodadas.

Os números gerais na temporada apontam afinidade do time com os empates: quase metade dos jogos acabou em igualdade no placar. Foram 15 partidas, com quatro vitórias, sete empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 42,2%. O ataque não é dos mais produtivos (marcou 15 gols), e a defesa costuma ser permissiva (foi vazada em nove jogos e sofreu 18 gols).

O artilheiro arachán é de uma posição incomum: Nicolás Bertochi, aos 35 anos, é volante e tem cinco gols marcados em 11 jogos na temporada. Todos os seus tentos aconteceram no Campeonato Uruguaio, e dois deles foram confirmados por meio de cobranças de pênaltis. O curioso é que já se trata da temporada mais artilheira de sua carreira profissional, que começou em 2009.

O garçom do Cerro Largo é o ponta-direita Federico Medina, que distribuiu três assistências na temporada. O jovem de 21 anos, no entanto, tem sido preterido nos jogos da Sul-Americana e não saiu do banco em nenhuma das duas rodadas iniciais.

O duelo tático entre Vitória e Cerro Largo tem um elemento importante a ser observado: quem vai ficar com a bola. As duas equipes costumam deixar a posse sob domínio do adversário e explorar os contra-ataques. O Leão usou essa estratégia nos últimos quatro jogos, sequência na qual está invicto, enquanto os uruguaios tiveram menos que 50% de posse em dez dos 15 jogos em 2025 (66,7% do total).

O frequentes empates do Cerro Largo na temporada estão relacionados à sua postura reativa: quando foi quem menos teve a bola, venceu uma vez, perdeu três e empatou seis. O Vitória, por outro lado, tem mais facilidade em jogar sem o domínio da posse e costuma conquistar seus resultados positivos quando prioriza a defesa em relação ao ataque.

A oportunidade para os times mostrarem qual estratégia vai dar mais certo começa às 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira, no Barradão, em jogo válido pela terceira rodada da Copa Sul-Americana. O ge acompanha em tempo real por aqui.