ENTREVISTA

Léo Condé ficou feliz pelo Vitória ter fechado o turno como “campeão simbólico”, na liderança com 37 pontos ganhos. E mais satisfeito ainda porque Léo Gamalho marcou o gol da vitória nesta quarta-feira à noite, diante da Chapecoense, no Barradão.

Foi o primeiro gol de Léo Gamalho após a cirurgia para retirada de um câncer de pele. O quinto dele na temporada, o terceiro no Brasileiro.

“Drama pessoal que ele passou, complicado, só ele mesmo pra falar sobre isso. Mas em relação ao grupo, até inchado, com 39 jogadores, existe um respeito muito grande entre eles, independente de jogar ou não. Naquele período de 40 dias (na intertemporada), preparamos o grupo para o campo e para fazer essa blindagem fora de campo. Todos têm esse papel, têm feito isso com propriedade”, falou o comandante do Leão, ressaltando o ambiente do grupo.

Sobre o jogo, Léo revela que foi uma surpresa a decisão da Chapecoense de atuar com três zagueiros e, por isso, o Vitória encontrou dificuldades no início pois o time estava treinado para enfrentar outro tipo de situação.

“Um jogo muito complicado. Primeiro, difícil entender como a Chapecoense tem pontuação tão baixa, boa equipe, bem treinada. Eles surpreenderam na formação, com três zagueiros, e o Nazário passou a trabalhar por dentro, Pavani na organização da saída de bola. Tivemos dificuldade de encaixar melhor marcação neles, eles conseguiram construir boas jogadas, boa saída de bola. E aí o segundo ponto que a gente pecou, acelerando no primeiro tempo. E eles baixaram a linha de marcação para induzir o nosso erro pelo meio. A gente observou isso, ajustou nos minutos finais do primeiro tempo, mas no intervalo melhoramos marcação com a entrada do Rodrigo (Andrade), liberando Dudu para segundo volante. Entrada do Matheusinho deu controle do jogo, faltou mais calma no penúltimo passe, poderia ter feito melhor escolha no passe. Mas no segundo tempo, a gente foi merecedora. E o gol não saía, ficamos ansiosos e quase sofremos o gol. Mas que bom que fizemos o gol, bom cruzamento do Mateus (Gonçalves) para o Léo. Conseguimos vencer jogo tão difícil e terminar no primeiro lugar”.

Léo voltou a destacar que o Brasileiro da Série B este ano tem sido diferente dos anos anteriores. O equilíbrio surpreende:

“Motivo de satisfação, competição tão difícil, responsabilidade grande dirigir uma equipe tão tradicional. Não caí aqui de paraquedas, cheguei porque fiz bons trabalhos. São 20 anos trabalhando com futebol. Às vezes resultados não vem, mas no dia a dia a gente trabalha da mesma forma. Estamos muito fortalecidos aqui, mas tem um segundo turno muito complicado. Temos várias equipes brigando pelo acesso, pontuação e desenvolvimento bom de jogo. Espero que a gente possa concretizar o que traçamos desde o início”, comentou.

O Rubro-Negro volta a jogar domingo, 30 de julho, às 18 horas, contra a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, em Campinas, abrindo o returno.

A equipe folga nesta terça-feira e inicia quarta-feira a preparação para o jogo na cidade paulista. Camutanga, com três cartões amarelos, está fora.

Osvaldo (posterior da coxa direita) e Felipe Vieira (anterior da coxa esquerda) foram substituídos no primeiro tempo e serão avaliados.

FOTOS: Victor Ferreira/ECV