Wagner admite falhas, assume responsabilidade e não joga a toalha por permanência do Vitória

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Contra o CRB, o Vitória sofreu o primeiro gol aos 47 segundos, após falha de Lucas Arcanjo em cobrança de falta de Renan Bressan. O Rubro-Negro empatou com Fernando Neto aos 15, mas viu Renan fazer o segundo com três minutos da etapa final. O jogo ainda teve mais uma falha de Lucas no terceiro gol do Galo, marcado por Pablo Dyego.

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– Tivemos uma comunicação falha. No primeiro gol, foi qualidade d adversário, a batida do Bressan foi muito boa. Se o goleiro sai e alguém rala na bola antes, [e um problema. Então é muito difícil para o goleiro naquela situação. No segundo gol, no arremesso lateral, nós tínhamos três para três, mas não encaixamos a marcação. Então o Fernando Neto, Marcinho e Roberto poderiam ter tido uma comunicação melhor. Num segundo momento, Eduardo poderia ter encaixado a marcação e não deixado o cara entrar na área nas costas. O gol acontece quando você faz alguma coisa que não dá certo. Não conseguimos a comunicação correta, a concentração correta. Mas a gente tem que levantar a cabeça, tem mais um jogo ainda. Enquanto tiver 1% de possibilidade, é acreditar. Os outros adversários podem perder. A gente vai para o jogo em casa para vencer e ainda ter esperança, levantar a cabeça e trabalhar firme para buscar os 43 pontos e a permanência na Série B – disse Wagner Lopes na entrevista coletiva após a partida.

Wagner Lopes analisou que, no primeiro tempo, o time teve oportunidades de sair para o intervalo com vantagem, mas falhou e viu o CRB fazer mais dois gols na etapa final. Para o treinador, o Vitória fez um bom jogo e foi aguerrido.

– Claro que, no primeiro tempo, nós poderíamos ter aproveitado melhor. Atravessamos a bola na frente do gol várias vezes. Não conseguimos o timing certo para atacar a bola, fazer o gol. tivemos o cabeceio do David. O goleiro fez uma grande defesa. Fez outra defesa em chute do Fabinho, chute do Fernando Neto. No primeiro tempo, acredito que dominamos. No segundo, infelizmente, um cara que nos salva sempre, um jogador que tem uma história grandiosa aqui, belíssima… A gente sempre pede que, quando alguém erra, a gente esteja próxima para poder ajudar, cobrir. No primeiro gol, felicidade do batedor. O Bressan bateu muito bem na bola, e não tem jeito. No segundo gol que tomamos, não houve encaixe de marcação. O tripé de marcar do lado, o arremesso lateral, formara três para dois. E não conseguimos encaixar a marcação. Depois, o cara foi feliz na finalização. Mas vejo que fizemos um bom jogo. Às vezes, falhas acabam acontecendo. Depois que você toma o segundo gol, você tem que ir para cima. Você precisa desesperadamente da partida, do resultado. Aí você acaba dando oportunidade para o adversário contra-atacar ou criar um volume maior. Nosso time foi aguerrido. Perdeu, mas perdeu lutando. Perdeu buscando. Mesmo com a entrada dos meninos, buscaram o ataque, tentaram criar situações.

"Enquanto tiver 1% de chances, vamos lugar, trabalhar. Se os outros times perderem, ainda tem a possibilidade de uma vitória nossa em casa. É lutar para que os resultados aconteçam e a gente fazer um bom jogo no próximo dia 28 em casa, contra o Vila Nova", completa.

Para escapar da queda, o Vitória precisa vencer o Vila Nova, em partida marcada para o próximo domingo no Barradão, às 16h (horário de Brasília). Também vai torcer para que Londrina e Remo, que aparecem logo acima, não vençam seus jogos.

– Claro que a gente vai acreditar até o final. A minha obrigação é passar para o torcedor que a gente está trabalhando no limite. Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para orientar da melhor maneira possível, assumir a responsabilidade. Eu sou o responsável. Então a gente busca orientar o atleta, dar todas as condições. A gente está numa situação em que precisa torcer contra, mas precisa fazer a nossa parte. O nosso discurso é esse. Buscar vencer num jogo em casa e esperar que os resultados aconteçam – finaliza o técnico.

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Gols sofridos no início do jogo
– Uma das coisas que a gente pontua… Os primeiros seis minutos do primeiro tempo e os últimos seis do primeiro tempo são primordiais, em termos de concentração, de não deixar o adversário fazer gol. Aliás, o tempo todo. No segundo tempo, a gente pediu para que a concentração fosse alta, para que a gente tivesse atitude positiva. Nós não conseguimos fazer isso. Não conseguimos encaixar a marcação num lateral, que aconteceu lá em João Pessoa também. É óbvio que a responsabilidade é minha. A nossa cobrança interna é grande. A gente sempre pontua isso, de entrar concentrado, começar e terminar o jogo concentrado, para evitar tomar gols. É uma grande dor saber que falhas acontecem, faz parte. Mas a gente tem que estar próximo um do outro para poder ajudar, cobrir essas falhas. É ter calma. A responsabilidade é do treinador. A gente buscar proteger os nossos jogadores, recuperá-los. E, no próximo jogo em casa, contra o Vila Nova, buscar a vitória. Porque, tendo chances, a gente tem que acreditar. Acreditar, levantar a cabeça e recuperar os jogadores para o jogo decisivo em casa contra o Vila Nova.

Responsabilidade por derrota
– Eu preciso proteger meu grupo, fortalecê-lo. Cada vez mais, a gente vai assumir a responsabilidade. A gente vem trabalhando há três meses. A gente vem oportunizando da melhor maneira possível quem está treinando bem. Então sempre vou assumir a responsabilidade; pelo bom desempenho, o mérito é do jogador; pelo mau desempenho, a culpa é do treinador.