Caíque Souza se emociona ao falar da avó em entrevista coletiva

Em sua primeira entrevista coletiva no Barradão, Caíque Souza, atacante do Vitória, se emocionou. Ao falar de sua avó paterna, dona Lúcia, o atacante não segurou as lágrimas.

“Minha avó, né? Uma segunda mãe para mim. Aquela pessoa que me criou. Minha mãe, quando eu era novo, ia para a faculdade, e eu sempre ficava com ela. Falar de minha avó é… [choro] Fantástico. Teve a perda de meu pai, quando estava na barriga de minha mãe. Vim para somar na vida dela, para ficar no lugar do meu pai. O que eu puder fazer por ela agora, está muito bem de saúde, mas o que o Vitória me der, o que o futebol me der e eu puder fazer por ela, vou fazer”, disse.

O jogador ainda revelou como prefere ser chamado. “Está sendo complicando escolher. Falei com Roque [ Mendes, assessor de imprensa do Vitória] que preferia Caíque Souza, por conta da rede social. Seria o ideal. Silva primeiro, depois Sílvio, por conta de meu pai, homenagem a meu pai falecido. Prefiro Caíque Souza mesmo”, declarou.

Caíque Souza fez sua estreia pelo time profissional no Vitória no revés por 3 a 1 para o Botafogo-SP, no último sábado (27), em Ribeirão Preto (SP). Ele garantiu que trocaria seu gol pelo triunfo.

“Acho que trocaria tudo isso aqui pela vitória. Importante mesmo seria sair de lá com o triunfo. Infelizmente não aconteceu, não foi o que a gente esperava. Pude fazer um gol, muito importante para mim, para me dar confiança. Vim de um período de muita dificuldade, lesões, minha última partida foi em novembro. Acredito que teria oportunidade com Chamusca, até mesmo com Carpegiani no ano passado. Acabei lesionando muito. Nunca tinha lesão comigo. Acabou que lesionava, voltava e lesionava de novo. Foram cinco lesões na posterior. Foi um período muito importante para mim, porque ganhei muita massa muscular. Aproveitei a oportunidade bem. Acredito que, na minha cobrança, pequei por excesso de ansiedade, me precipitei às vezes. Acredito que posso fazer muito mais ainda”, pontuou.

Natural de Santo Antônio de Jesus, interior da Bahia, Caíque Souza, de 20 anos, contou como foi seus primeiros passos no futebol.

“Sou de Santo Antônio de Jesus, terra boa, de Junior Nagata [ex-lateral], que foi revelado aqui, grande campeão. Um cara que sempre me incentivou muito. Mandar um abraço para ele. Venho de uma família simples, criado sempre por minha mãe, meus avôs. Meu pai faleceu quando estava ainda na barriga de minha mãe. Então, vim de lá. Cheguei aqui tem cinco anos, no sub-15. Essa trajetória foi difícil, ficar longe da família, sair de casa cedo, vir para Salvador, ficar só. trajetória difícil. Quem vê por fora acha que é mil maravilhas, mas é muita batalha. A gente vai conquistando os objetivos”, finalizou.