Geninho lamenta pior jogo do Vitória sob seu comando e explica limitação de Jordy Caicedo

Geninho afirmou que o time esteve muito abaixo tecnicamente e lamentou a saída de Wesley por lesão.

– Acho que se a gente for analisar de uma maneira bem crua, nós que estamos acompanhando no dia a dia e nos jogos, acho que o Vitória hoje ganhou um ponto. Na minha opinião, fizemos talvez a pior partida desde que estou aqui. Muito abaixo do que estamos acostumados a jogar. Entrou até que bem, tentou pressionar, depois foi ficando nervoso. Time desmoronou emocionalmente com o empate e não jogou. Tentava fazer, mas fazia de maneira muito atabalhoada. A bola parecida que queimava. Fizemos um jogo bem abaixo. Quando tem um nível de futebol assim, perdendo o jogo consegue buscar o empate, tem até que comemorar o empate. Acabou fazendo um ponto, segurando a distância, se o Figueirense vence, iria encostar. Estaria a um ponto. Analisei assim. Um jogo muito abaixo. Tivemos alguns problemas, a lesão do Wesley, nosso melhor jogador, o Chiquinho também sentiu. Atrapalhou um pouco. Achei que o time jogou menos do que poderia jogar – afirmou.

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O gol que rendeu ao Vitória o empate na partida gerou uma discussão entre Felipe Gedoz e Thiago Carleto, que discutiram para decidir quem bateria o pênalti. Geninho criticou a atitude dos atletas e revelou que vai escolher um batedor para o restante da temporada.

– Quatro jogadores treinam. Na mesma intensidade. Carleto, Gedoz, Jordy Caicedo e Anselmo. Os quatro têm condições. Eles têm que se acertar. Não pode ter discussão. Um pega a bola e os outros têm que aceitar. Não tem que ter vaidade. Não temos hoje, posso até determinar um batedor oficial. Os quatro treinavam normalmente. Como foi o primeiro pênalti desde que cheguei, parece que houve um pequeno incidente. A partir de agora a gente deve definir um para evitar isso – disse.

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Geninho também explicou a situação de Jordy Caicedo. Com uma inflamação no púbis, a participação do atacante em campo foi limitada pelo departamento médico. De acordo com o treinador, caso ele atue por 90 minutos, ele perderá o restante da temporada.

– Em relação a Jordy, se não tivéssemos em um momento de necessidade, não seria nem convocado. Tem problema de púbis que precisa de repouso. Não tem tratamento que cure. O que curaria era tomar uma substância que não pode ser dada porque ele vai para o doping. Está sendo tratado de maneira paliativa para que com pouco de repouso tentar manter um pouco de sua condição física. Mas ele está muito limitado. Quando arranca, por maior boa vontade, ele sente dor. Mas ele está querendo tanto ajudar que estamos tentando usar dentro de uma faixa que o departamento médico liberou. Na faixa de 20 minutos. Estou utilizando até um pouco a mais. O departamento médico até passou que se usar ele por um jogo inteiro, perdemos por todo o campeonato. Gostaria de poder começar com o Jordy Caicedo, mas infelizmente isso não pode acontecer. Vou prejudicar o Jordy Caicedo e o clube. A gente entende o torcedor que pede. Quando ele tem que dar pique de cinco metros, tranquilo para ele. Não pode esticar mais de 10 metros. Tomou cartão, agora fica fora do jogo, vai ter um tempo maior para descansar – disse.

O Vitória segue sua batalha contra o rebaixamento nesta terça-feira, quando recebe o Brasil de Pelotas, no Barradão.

Wesley
– Com certeza. Todo mundo sabe. Wesley é hoje nosso atacante mais efetivo. Jogador que pisa na bola, tenta jogada individual, puxa, recompõe. Tentou ficar, não conseguiu, saiu, preocupa muito para o próximo jogo. Ficou nítido que sem Wesley nosso time sente muito.

Van
– Van tinha condição. Opção do Bocão foi minha. Opção técnica colocar o Bocão. Tem apoio muito bom, mas experiente. Acho que foi no nível de todo mundo.

Gols
– Tomei praticamente um gol de bola parada e outro de movimentação. Primeiro gol foi treinado para marcar. Mas infelizmente isso acontece muito. A gente não gosta, fica chateado, cobra bastante, mas isso acontece. Segundo o que me chateou foi que jogada começou quase em frente ao nosso banco. O jogador deu um corte e passou por três jogadores. Faz a falta ali, fecha a porta. Uma falta daquele lado vai me trazer muito pouco problema.

Figueirense
– Passei para o meu grupo que o Figueirense de hoje é diferente daquele que passou por aqueles problemas todos. Se não tivesse tido aqueles problemas todos, Figueirense não estaria brigando no fundo. Passou por todo os problemas, entrou pessoal novo, parece que colocou casa em ordem. A gente tem que dar graças a Deus porque é uma equipe de destaque no futebol brasileiro. Foi remontado, trouxeram um treinador inteligente. Equipe está há cinco, seis partidas sem perder. Acho que vai brigar com chance até o final da competição. Vão tentar puxar alguém para o lugar deles. Só espero que não seja o Vitória. Não posso falar que estou vendo com alegria o ressurgimento porque vem me ameaçando. Veio aqui para ganhar o jogo, diferente de algumas equipes que enfrentei que vieram todo atrás. O Figueirense veio jogar. Está tentando tirar o prejuízo. Acho que já tirou uma parte. Acho que vai incomodar dentro do campeonato.

Esquema
– Acho que jogar, dependendo da maneira que jogar, 3-5-2 tem duas maneiras de jogar. Pode ser bastante ofensivo ou um pouco mais fechado. Fomos jogar com a Ponte um pouco mais fechado em virtude da postura que tinha a Ponte. Hoje era difícil porque o Figueirense vinha com um só centroavante. Se entro com três zagueiros, iam ficar sem função. Acho que a má partida tem uma série de motivos que pode levar em conta. O fato de o próprio Lucas estar voltando, acho que não voltou com o mesmo ritmo, Chiquinho logo depois de ter sentido a virilha caísse, saída do Wesley nos prejudicou muito, má produção de alguns jogadores dentro do jogo fizeram com que não fizéssemos um bom jogo. Era uma bola enfiada no Anselmo, espirrada lá no canto. Tinha pouco trabalho de bola. Acho que isso aconteceu a partir do gol de empate. Coincidiu com a lesão do Wesley, que é nosso maior desafogo. O empate muito em seguida ao nosso gol. O que abalou um pouco o grupo é que foi um gol de bola cantada. Sabíamos que o Figueirense fazia aquela jogada. Uma expectativa muito grande. Todo mundo sabia que era praticamente uma decisão, se vencêssemos, estaria com um pé fora da ameaça. Estaríamos sete pontos longe do primeiro na zona.

Felipe Gedoz
– Não vejo em momento nenhuma desmotivação. Cosia natural passar por um momento que não é o melhor. Começaram quando ele perdeu o gol. Bola para ele pôr o pé e colocar para dentro do gol. Logo em seguida o outro time faz o gol, lógico que a torcida vai começar a cobrar. Entendo como natural jogador passar por um momento um pouco abaixo do que pode render. Tem treinado bem, está tentando retomar. A gente tem que dar um pouco de tempo ao tempo. Claro que não temos muito tempo. Não está rendendo, mas não desaprendeu a jogar.