Carpini vê vexame do Vitória em queda no Nordestão, mas confia no trabalho: "Eu não jogo a toalha"

Carpini vexame Vitória Nordestão

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Vitória 0 x 1 Confiança | Melhores momentos | Quartas de final | Copa do Nordeste 2025

O Vitória fez um jogo muito ruim na noite desta terça-feira, no Barradão, e foi eliminado da Copa do Nordeste ao perder para o Confiança, por 1 a 0. Rafinha marcou o único gol da partida já nos acréscimos e sacramentou a queda precoce do time baiano após período de pausa para a disputa da Copa do Mundo de Clubes da Fifa. O técnico Thiago Carpini foi muito vaiado no estádio [assista aos melhores momentos no vídeo acima].

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– O que você ouviu do torcedor eu também ouvi. Eu estava no campo também. O torcedor tem o direito. Eu sou o comandante, e o torcedor quer buscar culpado. Eu tenho muita culpa e preciso assumir, mas não existe chance nenhuma de entregar o cargo. Zero. Eu vou trabalhar porque isso é minha vida. Nada muda da minha parte – disse Carpini.

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Thiago Carpini em Vitória x Confiança — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

Em entrevista coletiva após o jogo, Thiago Carpini chamou o resultado de mais pesado durante seu comando e analisou o desempenho de sua equipe ao longo dos mais de 90 minutos. O Vitória entrou em campo com três zagueiros, foi pouco produtivo e não melhorou ao ganhar mais um atacante na segunda etapa.

– Não é vexatório só para o torcedor, é vexatório para nós também. Talvez a derrota mais pesada que já tivemos aqui no Vitória. O mínimo que devemos é ter vergonha na cara, começando por mim, enquanto comandante – iniciou o técnico.

– A gente fez um jogo abaixo do que quando paramos, a gente estava perto de encontrar um caminho. Hoje cometemos muitos erros. Sobre os reforços para a Copa do Nordeste, a chegada do nosso diretor foi muito perto do fechamento da janela. Depois foi muito pouco tempo para trabalhar as contratações. E agora não adianta falar do Janderson, que era muito criticado por todos, como a solução para nossos problemas. O Mosquito a mesma coisa, tinha uma cláusula e foi embora. Era o desejo do atleta, são coisas que a gente não controla. Mas tudo que aconteceu precisava acontecer, e a gente tem que encontrar um caminho de alguma maneira – lamentou.

"Não encontramos a formação que entregue o que a gente precisa. Temos que seguir trabalhando para encontrar esse caminho".

2 de 2 Thiago Carpini em entrevista coletiva após eliminação — Foto: Samara Figueiredo
Thiago Carpini em entrevista coletiva após eliminação — Foto: Samara Figueiredo

O treinador viu a torcida pedir a sua demissão, mas garantiu que vai lutar para melhorar o Vitória nesta temporada. Até agora, o Rubro-Negro perdeu o título baiano para o Bahia, caiu para o Náutico na Copa do Brasil, não passou da primeira fase da Sul-Americana e amarga o 16º lugar no Brasileirão.

"O dia que eu entender que não é mais o caminho vocês vão saber rápido. Eu não jogo a toalha, eu tenho convicção no meu trabalho".

– Reconheço que estamos errando, falhando muito, que foi uma noite trágica e vergonhosa, mas em relação a demissão, não tenho medo. Se eu tivesse medo, não tinha vindo aqui ano passado. Foi um golpe doído, mas temos que juntar os cacos e seguir trabalhando – garantiu.

Thiago Carpini agora direciona todas as atenções para o Campeonato Brasileiro. Neste sábado, o Rubro-Negro visita o Internacional, às 16h30 (horário de Brasília), pela 13ª rodada da competição.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Carpini

Escalação com três zagueiros
– Eu perdi o Jamerson, e o Maykon nunca tinha começado um jogo. A linha de cinco veio para proteger a parte defensiva do Maykon, até para entender o que ele pode entregar em um jogo, ele é um jovem e não pode ser lançado de qualquer jeito. Também era para tentar ter mais profundidade com os alas, já que a gente não conseguiu ainda ter essa profundidade com os nossos pontas. Durante a semana, nos treinos, isso funcionou.

– Três zagueiros não significa um esquema defensivo. E o fato é que a gente volta de um recesso de 30 dias contra uma equipe que jogou no fim de semana. Eu estava preocupado em não sofrer gols, sabia que não seria um jogo fácil, de goleada. A gente teve alguma situações que poderia ter feito o gol. Outro ponto é que ainda estamos buscando encontrar o time ideal e a formação, estamos oscilando muito. Alguns jogos estamos muito concentrados, em outros demorados para entrar no jogo. No primeiro tempo a gente sofreu menos, no segundo tempo, com linha de quatro, corremos mais riscos.

Dois volantes
– Sobre ser um time de Série C e vice-lanterna, eu não vou comentar isso. Acho que tem trabalho lá do outro lado também. Em vários momentos do ano passado a gente usou Willian Oliveira como meia, terceiro homem, perto do gol e fazendo gols importantes. Hoje, como não funcionou, as perguntas aparecem. São os engenheiros de obra pronta.

Demissão
– Não posso te responder porque eu sou treinador, não sou presidente.

Desafio de montar a equipe
– É ingrato para um jogo de mata, mas é a competição. O que tirou o Vitória não foi o modelo de disputa, foi nosso jogo apático e ruim. A gente tinha informações do Confiança, sabíamos o que deveríamos fazer. A gente sabia que era uma equipe que não vinha em bom momento, mas que jogaria a vida. Mais uma vez temos uma eliminação precoce e vexatória, isso nos entristece muito. Agora é focar no que resta para o Vitória, a gente sabe o tamanho da importância que é a Série A para o Vitória.

O que foi predominante para a derrota
– Sobre o torcedor, eu não posso dizer nada, só desculpa. Vou falar o que para o torcedor? Veio aqui no Barradão às 21h30 e viu o time ser eliminado. Só posso pedir desculpas. Cada um enxerga o futebol de uma maneira, da arquibancada eu enxergaria o que enxerguei dentro de campo, uma equipe apática, que ainda não criou as conexões, que ainda não teve os encaixes. O momento do Vitória se torna ainda mais agravante. Futebol é feito de vitórias, internamente não temos problemas. O problema é dentro de campo, é a bola entrar.

Volantes e recado para torcida
– A escolha pelo Willian e pelo Ryller são os comportamentos, que estão mais definidos. A gente avalia o momento, acho que eles conseguem oferecer mais jogo que o Baralhas, que é mais de contenção. Ano passado a gente terminou invicto e eram eles os dois volantes. Eles serviam para caramba, e agora não servem mais. Futebol é isso, mas eu tenho convicção nas minhas decisões.

Reformulação
– A gente foi criticado, mas também fizemos essa reflexão interna. Em janeiro chegou muito em quantidade, mas a quantidade não resolveu. Agora estamos focando em qualidade, trazer menos jogadores, mas que tragam um nível melhor. Estou satisfeito com o que chegou até então, mas ainda não satisfeito com o que estamos entregando.

Ronald e reforços
– Esse trabalho é diário. A dificuldade é muito grande, os negócios são enroscados, os valores atrapalham. Sobre o Ronald, é um cara que vinha jogando, evoluindo, melhorando, mas é um momento onde o atleta talvez não esteja com a cabeça ideal. Ele é feliz aqui, mas uma proposta dessa mexe um pouco com o atleta. Ele procurou a diretoria, e estão se ajustando. Acho que não era o mais prudente ter ele nessa partida.

Eliminações
– A insatisfação é de todos. Quando as coisas não acontecem você tem dificuldade para encaixar, para montar a unidade de grupo necessária. A gente trabalha sempre com a corda no pescoço. Os atletas que chegam, eu penso em como extrair o melhor deles. Quando eu insistia em situações, é porque acredito na sequência, na continuidade. Eu preciso conviver com os atletas para extrair o melhor deles. Os clubes que brigam na prateleira mais alta da Série A fazem contratações pontuais, não passam por reformulações toda hora. Acho que agora é conviver um pouco mais com os que chegaram e entender como introduzir eles o mais rápido possível.

Lance do gol e Lucas Arcanjo
– Não conversei com Lucas, acho que não é o momento dessa conversa. Não é o momento de procurar culpados. Eu vi o gol, tenho minha opinião, mas guardo para mim. O Arcanjo é um cara importante para nós, uma referência dentro do grupo. Não é o momento de avaliar isso externamente, mas internamente com certeza vamos conversar.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2025/07/09/carpini-ve-vexame-do-vitoria-em-queda-no-nordestao-mas-confia-no-trabalho-eu-nao-jogo-a-toalha.ghtml


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