Wagner Leonardo lembra infância para explicar fase artilheira no Vitória: "Queria ser meia"

Wagner Leonardo lembra infância

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

O Vitória tem uma nova força ofensiva na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Mas enga-se quem pensa que o assunto aqui são os atacantes rubro-negros. Na verdade, é um velho conhecido da torcida rubro-negra: Wagner Leonardo. Responsável por um dos gols do Leão no empate com o Atlético-MG, na última rodada, ele é o zagueiro com mais gols na Série A.

"Muito feliz por essa fase minha. Tenho vivido um tempo precioso no Vitória, na minha carreira. Estou muito feliz".

Destaque do Vitória, Wagner Leonardo é o zagueiro com mais gols na Série A

Wagner Leonardo chegou a cinco gols em 28 jogos disputados na Série A. Na temporada, ele tem seis e só menos gols que os atacantes Alerrandro (13) e Osvaldo (oito). Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, ele contou que o desejo pelos gols vem desde criança e que virar zagueiro não estava no planejamento.

– 99% de todas as crianças, quando jogam bola, querem ser atacantes. Não foi diferente comigo. Eu queria ser meia. Mas na minha primeira avaliação não tinha zagueiro. O treinador perguntou se eu queria. Eu disse que sim e fiquei desde então. Mas o sonho sempre foi jogar lá na frente. Mas acabei virando zagueiro e estou feliz com isso – explicou.

Aos 18 min do 2º tempo – gol de cabeça de Wagner Leonardo do Vitória contra o Atlético-MG

Outros números marcantes

Wagner Leonardo não apenas se consolida como peça ofensiva importante para o Vitória no Campeonato Brasileiro, mas também coloca o nome na história do clube entre os zagueiros com mais gols.

Ao balançar as redes do Atlético-MG, Wagner Leonardo chegou a onze gols pelo Vitória e assumiu o terceiro lugar entre os zagueiros com mais gols pelo clube neste século, ao lado de Marcelo Heleno. Ele só está atrás de Kanu (16) e Wallace (14).

Zagueiros do Vitória com mais gols no século XXI:

  • Kanu: 16 gols;
  • Wallace: 14 gols;
  • Marcelo Heleno e Wagner Leonardo: 11 gols;
  • Victor Ramos: 10 gols;
  • Gabriel Paulista: 7 gols.

Wagner Leonardo comemora gol em Atlético-MG x Vitória — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

– Eu procuro levar muito a sério a minha vida, carreira. Por onde a gente passa tem que construir um lugar. Eu sinto muito respeito pelo Vitória, que me deu oportunidade. A gente vai tendo uma vitrine aqui. Tem que ter muito respeito por essa camisa, tem que honrar. É o clube que sustenta. O que eu vivo aqui e tento transmitir para todos é respeitar o ambiente que trabalha. Muita gente queria estar no nosso lugar, a camisa grande que a gente veste, o esforço da diretoria para deixar os salários em dia. As pessoas que vivem mais tempo aqui acabam entendendo isso. Espero deixar um legado por onde passar. E acredito que aqui estou conseguindo – comentou o zagueiro.

Luta contra o rebaixamento

A fase artilheira de Wagner Leonardo acontece em boa hora para o Vitória, que pode não contar Alerrandro, goleador do time na temporada, contra o Bragantino. O Rubro-Negro também precisa de gols para vencer o adversário e deixar a zona de rebaixamento nesta reta final do Campeonato Brasileiro.

– Não é fácil estar na Série B e ir para a Série A. Tudo passa por estruturação, processo. O Vitória passa por isso. Tem potencial para isso, para permanecer e construir uma linda história daqui para frente. Mas passa pelo processo. Não vai subir da Série B e brigar pelo título no primeiro ano. Se a gente conseguir vencer esse processo, pode sonhar por coisas maiores lá na frente. Temos que pensar no hoje. É construir o dia a dia, passo a passo, que a gente vai conseguir voltara sorrir. Como outros times no ano passado que subiram – finalizou o zagueiro.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Wagner Leonardo:

Planos para 2025
– Minha cabeça não passa nada além do Vitória em permanecer. Deixar o Vitória no melhor lugar possível. Se existe outra coisa deixo para o meu empresário lidar. Minha cabeça está focada no Vitória.

Campanha ruim no Barradão
– A gente tem que trabalhar muito nessas duas semanas abertas que a gente tem para fazer o fator casa prevalecer, com apoio do nosso torcedor. Vai ser importante vencer em casa. Temos que usar esse fator, vencer as partidas em casa e conquistar os objetivos. É muito diferente Série A e Série B. Na Série B a gente era protagonista. Na Série A, a gente está na manutenção nesse primeiro ano. A maioria dos clubes que subiram no primeiro ano tiveram essa dificuldade.

Mudanças de Carpini
– A gente tem que se adaptar ao que o treinador pede. O que ele propor tem que fazer da melhor maneira para gerar resultado. Essa nova formação vem sendo positiva também. Temos que ter concentração para tomar menos gols, porque somos uma equipe que toma muitos gols. Se a gente conseguir neutralizar as armas do adversário fica mais perto da vitória.

Bragantino em má fase
– Estamos analisando eles para saber como jogam. Números valem até o início da partida. Começou, são 11 contra 11. É se preparar bem para neutralizar o ataque deles e ser efetivo em casa.

Três zagueiros
– A gente montou linha de cinco. E na minha região ficava o Vargas. E muitas vezes ele baixava e poderia receber [sozinho]. Foi na hora do jogo [a decisão] para acompanhar ele. E praticamente espelhar [a formação]. Foi muito efetivo porque fomos mais felizes nos duelos de um contra um.

Wagner Leonardo, zagueiro do Vitória — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

Segunda pior defesa
– É difícil ter uma resposta clara. Se eu soubesse, a equipe não levaria gol. Nos incomoda muito. Quando não toma gol está perto da vitória. É trabalhar para que não leve gols. Estudar o adversário, ter concentração. É trabalhar para melhorar e não levar tantos gols como temos levado agora.

Time disciplinado
– Jogo a partida como tem que jogar. Se tomar cartão amarelo, tem que tomar. O que me deixa chateado é que o segundo amarelo que tomei, contra o Corinthians, eu estava indo para a área, combinar jogada com Matheusinho, e o árbitro me deu cartão amarelo. Ele deu amarelo porque pensou que eu iria cobrar o escanteio. Ele pediu desculpas, mas não tirou o amarelo. É uma situação que eu não fui atrás. É difícil, controlar, mas faz parte do jogo. Eu acho que sou o zagueiro que leva menos cartões na Série A. É normal, procuro vencer as jogadas de forma limpa. Acredito que isso tem feito a diferença.

Dupla com Neris
– O Camutanga é algo que vem de antes, a gente já jogou em outro clube. Conquistei títulos com ele. O Neris eu já conhecia, grande jogador. Cada um tem a sua característica. A gente passa por processo de entrosamento. Está um completando o outro. Quem está à disposição tem dado o seu melhor.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2024/10/09/wagner-leonardo-lembra-infancia-para-explicar-fase-artilheira-no-vitoria-queria-ser-meia.ghtml


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