Após vencer clássico e encerrar jejum na Série A, Rogério Ceni projeta "semana de paz" no Bahia

Após vencer clássico encerrar

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Bahia 2 x 0 Vitória | Melhores momentos | 22ª rodada do Brasileirão 2024

O Bahia passou um mês sem vencer no Campeonato Brasileiro, mas deu ponto final ao jejum de cinco partidas no Ba-Vi da tarde deste domingo. Com gols de Everton Ribeiro e Luciano Juba, o Tricolor derrotou o Vitória, por 2 a 0, em jogo da 22ª rodada disputado na Casa de Apostas Arena Fonte Nova [assista aos melhores momentos no vídeo acima].

Rogério Ceni comemora com Juba, autor do 2ºgol do Bahia no clássico — Foto: Letícia Martins/EC Bahia

O resultado manteve o Bahia em sétimo lugar, mas a distância para o G-4 agora é de três pontos. Com a reaproximação do grupo que garente vaga direta na Libertadores, o treinador projetou uma "semana de paz" na Cidade Tricolor.

– Sempre bom vencer jogos assim, tem a rivalidade estadual, mas mais do que isso, tem a tabela de classificação. A gente demorou muito para caminhar para esse 35º ponto. Um jogo que foi parelho, mas importante para trazer uma semana de paz, trabalhar e conseguir descansar amanhã, na terça-feira voltamos a trabalhar para nos manter perto desses times que estão subindo na tabela de classificação. Tempo para recuperar jogadores também. Espero que Ademir volte logo, Rezende, Gilberto. O Nico também faz falta, que possa estar logo de volta com a gente – disse.

O Bahia abriu o placar aos 14 minutos, com Everton Ribeiro, mas perdeu o jogador logo em seguida. O camisa 10 havia sofrido uma joelhada no rosto, antes de balançar a rede, e terminou substituído por Biel. Com isso, o Tricolor caiu de produção, mudou de estratégia no segundo tempo e passou a apostar nos contra-ataques, mas cometeu erros em excesso e só marcou com Juba nos acréscimos.

Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Rogério Ceni disse que o Bahia sentiu o desgaste físico de jogos em sequência e a ausência de jogadores como Rezende e Ademir para marcar e atacar melhor o Vitória na etapa final.

– A gente vem de uma sequência, sete jogos consecutivos, sete jogos em 21 dias, é normal que caia um pouco fisicamente o jogo no segundo tempo. O fato de não ter um Rezende ou um Nico [Acevedo] para fixar mais na frente da área… a gente se defende com Caio Alexandre e Yago, que não são bem jogadores de marcação. Faz falta de um jogador ideal para os momentos, como Ademir, quando precisa de velocidade. Acho que é normal cair um pouco – reconheceu Ceni.

– Caio vem jogando vários seguidos, Jean Lucas também, Cauly cansou um pouco. Não encaixamos os contra-ataques, poderia ter ajudado. Mas foi um jogo equilibrado, um bom jogo, e a gente define na proposta que a gente tinha em mãos, que era contra-atacar – disse o comandante tricolor.

"Dentro das características dos jogadores que a gente tinha no banco, fizemos o que foi possível. Uma pena que o gol tenha demorado para sair".

Rogério Ceni durante entrevista coletiva do Bahia após o Ba-Vi #499 — Foto: Letícia Martins/EC Bahia

Vale lembrar que a saída de Everton Ribeiro abriu espaço para Biel no ataque, enquanto Thaciano voltou a fazer a função de meio-campista. Mas os dois jogadores não brilharam, algo importante para a queda de desempenho da equipe. De Pena e Lucho Rodríguez entraram no segundo tempo e não renderam o esperado.

Para corrigir a rota já na reta final da partida e segurar o resultado diante de um Vitória mais agudo no ataque, Ceni mandou a campo Iago Borduchi, na lateral esquerda, Yago Felipe, no meio, e Rafael Ratão, no ataque. O time melhorou, e Ratão, inclusive, deu assistência para o segundo gol.

– Falei com ele [Biel], é um jogador que tenta sempre o grande lance, né?! Depois de tentar uma ou duas, é importante soltar a bola. É a função dele tentar, mas nem sempre vai dar certo. Achei que o jogo por ali ia fluir bem no um contra um dele. Hoje ele não levou tanta vantagem nos dribles. Ele está com um incômodo nas costas, quase não veio para o jogo. Hoje ele não ganhou tantos duelos, mas é um jogador muito importante para a gente, já entrou e fez a grande jogada do jogo outras vezes – disse Ceni.

Semana livre

Depois de mais uma longa sequência de jogos, o Bahia tem uma semana livre para descansar e se preparar. O Tricolor só visita o Grêmio às 18h30 do próximo sábado (horário de Brasília), no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, pela 23ª rodada do Brasileirão.

No geral, o Bahia fará menos jogos a partir de agora porque o Brasileirão tem rodadas marcadas para finais de semana, mas Ceni ainda está preocupado e na torcida pela recuperação de atletas que estão no departamento médico para ganhar novas alternativas de jogo.

– Quando eu tiver peças defensivas, posso me preparar para fazer alterações, ficar mais sustentado defensivamente. Mas sem essas peças não adianta. Temos que defender dentro do nosso sistema. Nico [Acevedo] a gente já sabia que voltaria só por agora, agosto ou setembro, mas foi uma pena perder o Rezende, que nos oferecia bola aérea. Quando a gente tiver esses jogadores vamos poder fazer um pouco diferente. Mas esse é o nosso time. O time é o mesmo, são esses caras que vão tocar o barco até o fim do campeonato – reconheceu Ceni.

– Acho difícil o retorno do Rezende e do Ademir para esse jogos. Hoje as escolhas não são tão grandes, principalmente na variação de estilo de jogo. Acho bom ter uma semana vazia. Hoje o jogo era a cara do Ademir. O Esteves já com cartão amarelo. Acho que o Ratão entrou muito bem naquela função, mas era a cara do Ademir, com muita velocidade – complementou.

Kanu em ação pelo Bahia no Ba-Vi da Arena Fonte Nova — Foto: Letícia Martins/EC Bahia

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Rogério Ceni:

Momento após vencer
– Sempre bom vencer jogos assim, tem a rivalidade estadual, mas mais do que isso, tem a tabela de classificação. A gente demorou muito para caminhar para esse 35º ponto. Um jogo que foi parelho, mas importante para trazer uma semana de paz, trabalhar e conseguir descansar amanhã. Na terça-feira voltamos a trabalhar para nos manter perto desses times que estão subindo na tabela de classificação. Tempo para recuperar jogadores também. Espero que Ademir volte logo, Rezende, Gilberto. O Nico também faz falta, que possa estar logo de volta com a gente.

Everton Ribeiro
– Para mim ele é uma referência. Ele é o jogador mais influente, no cenário nacional, da última década. Eu confio muito nele, um cara exemplar. Trabalhei com ele no Flamengo, quando eu falei dele com o Cadu [Santoro], disse que a única certeza que eu tinha era que ele ia entregar tudo. O talento é indiscutível, ele nos treinos é uma referência para os outros. Sou suspeito para falar, fomos campeões juntos no Flamengo. Com ele o jogo é diferente. A maneira como ele trata a bola, como ele faz as coisas acontecerem.

Voltar a vencer e gol de Raudinei
– Só não foi de canhota. Acho legal, é uma lembrança positiva. Foi no Roger esse gol, que trabalhou comigo. Um gol por baixo, meio parecido, mas no outro gol, né!? Um gol especial porque foi um gol de título, né?! Um gol de empate, de 1 a 1, mas um gol de título. Acho que tem um significado especial, essa atmosfera que se cria. Legal o reconhecimento do clube, legal para toda aquela geração que veio depois de 1988. Foi em 1994, né?! Importante reviver isso. Hoje o Juba viveu seu momento Raudinei.

Semana livre
– O problema é que a gente não fez muito ponto depois, né?! Não vai ser fácil acompanhar a pontuação. É um momento para tentar recuperar todos. Acho que o Ademir não fica pronto até o Grêmio. O Rezende vamos tentar. O Nico não fica pronto. Mas é um tempo bom, recuperar, bom para o Lucho treinar um pouco mais. Uma semana muito mais até de explicação, de vídeos, de ganhar energia. O grupo é praticamente esse. Temos que ver ainda o caso do Everton, ele estava vendo tudo meio dobrado. Vamos treinar melhor o time, tentar recuperar. O Grêmio vem em uma crescente, né?! Venceu bem ontem. Tem a Libertadores na terça e nos enfrenta no sábado.

Solidez defensiva
– Acho que é sempre bom. Acho que é ruim quando você finaliza pouco e o adversário finaliza demais. Hoje a gente sentiu o cansaço no segundo tempo, não conseguimos fazer o contra-ataque. A gente recuperava bem a bola, mas errava no primeiro passe. Isso já trazia o adversário para cima. Mas acho que no conjunto, com linhas, defendendo, fomos bem. Tem jogo que a gente finaliza 20 e faz um gol. Hoje finalizamos sete e fizemos dois. É assim. Mas claro que me preocupa. O Estupiñán tinha presença de área, altura, hoje a gente não tem essa referência. Vamos buscar alternativas durante a semana.

Preparação contra os grandes times
– O Caio é um volante construtor que marca pouco em comparação com outros volantes. Mesmo com a semana vazia, não conseguimos mudar isso, porque não tenho jogadores com outras características. Posso colocar o De Pena ou o Yago, mas não muda característica. Rezende e Nico estão fora. A gente tem que treinar dentro das nossas características. Não adianta querer trocar o esquema. Acho que hoje os dois laterais fizeram uma grande partida. O Arias para mim foi o melhor em campo nosso hoje. Esses caras dão um controle de profundidade que não se faz necessário entrar um terceiro homem de centro. Em tese a maneira que a gente tem para se defender é ter a bola. Quando perde a bola o jogo não fica bom para a gente. Os jogadores estão lesionados, não temos como alterar isso. Não temos volante de marcação disponíveis para entrar. Então ou tem a bola, ou sofre.

Time rotulado pelos meias
– Acho que o Bahia é bem elogiado nas redes de TV. Vejo aqui críticas quando perde, o que é normal. Natural. Mas na mídia nacional vejo o Bahia até mais elogiado do que aqui. O que é normal, aqui tem gente que trabalha, que é torcedor. Sei que as críticas ajudam a monetizar também. E que muitas vezes são merecidas por nós. Tenho quatro jogadores no meio de campo, e se eu começar a acelerar o jogo, ir para a transição, eu vou perder os jogos. Com esses quatro no campo eu preciso cadenciar, preciso girar o jogo. O primeiro gol foi uma jogada bastante padronizada por nós. Se a gente acelerar demais esses quatro caras não vão aguentar dentro de campo. E a alma desse time são esses caras. Acelerar contra o Botafogo, Palmeiras, loucura. Vamos perder. Para ter mais minutos de Caio, Everton, Jean e Cauly, não podemos fazer muita aceleração. Então temos que construir. E vou repetir, precisamos de bons gramados para fazer isso. Hoje cometemos alguns erros. O Thaciano ficou com a função do Everton, mas ele não está acostumado e deixou espaços no meio de campo. Erros mais do que o costume. O torcedor quer o jogo para frente o tempo todo, mas nós não aguentamos. Se começar essa troca ações, não vai funcionar bem com a gente.

Estava pressionado?
– Acho que o Juba, não vejo ele como sacrificado. Acho que ele é beneficiado pelo que ele tem de melhor. No Sport ele jogava aberto para cruzar, mas aqui não temos referência na área. Lucho não é velocista, é um cara de atacar espaço, olhe o gol dele contra o Botafogo. Então quando você não tem peças, você quer fazer as coisas, mas não temos. Na base tem gente que pode fazer isso, mas é muito difícil lançar um garoto no lugar de alguém que já tem tempo trabalhando com a gente. Eles ainda precisam trabalhar para entender o esquema de jogo. A gente trabalha todo os jogos do mesmo jeito, às vezes da mais certo, às vezes não. Eu trabalho da mesma maneira, tento fazer o time jogar o melhor possível.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/bahia/noticia/2024/08/11/ceni-explica-queda-do-bahia-no-2o-tempo-e-lamenta-demora-para-definir-ba-vi-fizemos-o-possivel.ghtml


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