Análise: esfacelado, Vitória sofre com improvisos, perde para o Bragantino e volta ao Z-4 da Série A

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Entre desfalques e jogadores preservados, Thiago Carpini fez uma mudança estrutural no Vitória, que foi a campo com Rodrigo Andrade como um terceiro zagueiro pela direita. O recuo do volante foi a solução encontrada pelo treinador para suprir a ausência de um zagueiro destro contra o Bragantino.

– A gente não fez uma linha de quatro. Jogamos com o lado direito com Andrade como zagueiro. Aí cabem dois zagueiros [canhotos]. Tanto que quando eu precisei abrir o time, fazer uma linha de quatro, optei por tirar um zagueiro canhoto [Reynaldo] e improvisar o Lepo. Dois canhotos fica torto – explicou Carpini após a partida.

Quando a bola rolou, o Vitória sofreu para se adaptar ao novo jeito de jogar. O time se defendeu em um 5-4-1 e sentiu falta de um jogador para ocupar os espaços entre as duas primeiras linhas. Foi por lá que o Bragantino articulou jogadas e finalizou algumas vezes de fora da área, colocando Lucas Arcanjo para trabalhar.

Foram sete finalizações dos mandantes contra quatro do Vitória em um primeiro tempo em que o Massa Bruta teve ainda 71% de posse de bola. Mas se o Rubro-Negro sofreu na defesa, o time foi bem no ataque e, inclusive, saiu na frente do placar. Willian Oliveira articulou boa jogada com Luiz Adriano antes de Jean Mota balançar as redes aos 16 minutos [assista no vídeo abaixo].

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Atrás do placar, os mandantes se lançaram ao ataque e ampliaram o domínio de posse de bola e finalizações. O gol de empate veio já na reta final, a partir de cruzamento que saiu do espaço desprotegido entre as linhas de marcação do Leão [assista no vídeo abaixo].

No intervalo, Thiago Carpini tentou corrigir o posicionamento do time e apostou em uma nova formação. Willian Oliveira foi substituído por Raul Cáceres, que entrou como um ponta pela direita. Enquanto isso, Willean Lepo passou a fazer o papel do terceiro zagueiro do mesmo lado, e Rodrigo Andrade foi liberado para o meio de campo.

Na prática, pouca coisa mudou. O Bragantino seguiu mais perigoso em jogo com espaços e oportunidades dos dois lados. Com mais volume no jogo de trocação, os donos da casa balançaram as redes pela segunda vez aos 20 minutos. A jogada foi construída por Lucas Evangelista, que conduziu a bola por todo o meio de campo antes de passar para Helinho [assista no vídeo abaixo].

Depois da virada do Bragantino, Thiago Carpini foi para o tudo ou nada, mas sofreu pela limitação de opções. Para ter dois zagueiros em campo, precisou tirar o canhoto Reynaldo e ficar com Willean Lepo e Wagner Leonardo na defesa. E aí, com o time desfigurado em meio a terceira formação em 90 minutos, o Vitória não teve forças para buscar o empate. E olha que ainda teve chance com Culebra, que furou na hora de finalizar.

A derrota coloca o time de volta na zona de rebaixamento, mas acontece em um contexto que gera compreensão. O Vitória sofreu com desfalques e precisou rodar o elenco em Bragança Paulista. Ainda assim, viveu bons momentos antes de sofrer a virada que encerrou a sequência de quatro jogos sem derrotas.