Carpini despista sobre escalação do Vitória contra o Botafogo e projeta jogo para "recuperar a autoestima"

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O momento é complicado, mas Carpini prefere deixar a sequência negativa para trás e pensar na recuperação do elenco a partir de um bom resultado contra o Botafogo. Em entrevista coletiva nesta terça-feira, o treinador pregou a união com os atletas em busca da classificação.

– É um desafio também recuperar a autoestima, confiança desses atletas. É um elenco capacitado. Vamos trabalhar para dar resposta ao torcedor. As coisas não vão acontecer de uma hora para outra. O que passou, passou. Não adianta a gente carregar esse peso dos sete jogos sem vencer. É um novo ciclo, e temos que projetar novos desafios. Que isso não seja mais um peso. A gente procura dividir essa responsabilidade. Vamos ter o primeiro desafio juntos nesta quarta-feira.

Carpini teve seis dias de treino antes da estreia contra o Botafogo. Ele não vai poder contar com Willean Lepo, Willian Oliveira, Jean Mota, Everaldo, Felipe Vieira e Raul Cáceres, que seguem em recuperação de lesão. Por outro lado, Wagner Leonardo, que cumpriu suspensão na última partida da Série A, volta a fazer dupla de zaga com Camutanga.

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Em relação à escalação, o treinador preferiu fazer mistério e elogiar o tempo de trabalho que teve à disposição para montar o melhor onze inicial possível e conhecer mais os atletas.

– Foi um período precioso para nós. Essa parada nos permitiu ter um tempo maior. Foi muito importante para que pudéssemos conhecer os atletas no aspecto individual, de que maneira utilizar, avaliar situações que vinham sendo feitas, dentro do que acreditamos. Essa retomada, não só de Brasileiro, mas desse jogo importante para nós. Cria-se uma expectativa grande pela tradição do Vitória na competição, pelo que esperamos.

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A estreia de Carpini está marcada para as 19h (de Brasília) desta quarta-feira, no Barradão. Como perdeu a partida de ida por 1 a 0, o Leão precisa vencer ao menos por um gol de diferença para levar a disputa para os pênaltis.

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Carpini também preferiu não falar em reforços às vésperas de um jogo tão importante. De início, o técnico avalia que precisa ter total conhecimento do elenco que tem à disposição.

– Muito cedo para falar sobre reforços. A gente vai precisar se mexer no mercado, até para potencializar alguns setores. Mas antes de ir ao mercado e falar sobre posição, precisamos potencializar os atletas que aqui estão, que são capacitados e têm a minha confiança. Falar que eu conheço bem esses atletas é difícil. Alguns nem treinaram comigo ainda. Três ou quatro treinos é pouco para eu falar com propriedade o que eles podem entregar. Eles têm capacidade, fizeram por onde. Em algum momento vamos precisar que eles deem essa resposta.

Maior desafio no Vitória
– Toda mudança de comportamento gera adaptação. E adaptação precisa de tempo, um certo tempo. O tempo não foi suficiente, mas foi precioso. É resgatar a confiança do elenco, a autoestima dos atletas, não só os que vinham participando. É o que nós temos para temporada, um elenco que já deu resposta desde o ano passado. Esses mesmos atletas precisam dar resposta positiva nesse momento. E a gente espera contribuir nesse processo.

Avaliação sobre Daniel Jr.
– Treinou muito bem, assim como todos os outros. Um início de trabalho, de novo ciclo. Renovam-se os ânimos. Os atletas com menos oportunidades passam a vislumbrar oportunidade de ajudar mais o elenco, que eleva o nível de competitividade. Não sou de falar individualmente, mas o Daniel tem se comportado bem, não só com a bola. Conheço muito o Daniel, principalmente na última Série B que ele fez com o Cruzeiro. Talvez a gente cobrar os comportamentos sem bola. Talvez sejam esses detalhes que faltem para um melhor aproveitamento e o fato dele ter mais oportunidades. E serve não só para o Daniel, mas para todos os atletas, com comportamentos sem bola que não abrimos a bola. Ser uma equipe compacta, organizada, competitiva. E com a bola temos vários talentos individuais que a gente tem trabalhado para surpreender o adversário.

O que traz de inovador
– É difícil falar de algo inovador. O futebol não tem fórmula, receita, mas ideias, opiniões. Mas eu, como comandante, tomo as decisões, tenho as minhas convicções. A gente procura fazer o melhor que vivenciou em cada clube.